A Tetra Pak, fornecedora de embalagens cartonadas (ou longa vida), e a petroquímica Braskem ampliaram um acordo de fornecimento de plástico "verde", produzido a partir de cana-de-açúcar. No início de 2014, o polietileno de baixa densidade 100% renovável da Braskem estará presente também na laminação das embalagens produzidas pela Tetra Pak.
A petroquímica já fornece à multinacional sueca um outro tipo de polietileno "verde", de alta densidade, utilizado na produção de tampas de embalagens. "Nosso objetivo é chegar a 2020 com uma embalagem com fontes 100% renováveis", afirmou o presidente da Tetra Pak Brasil e vice-presidente da companhia para a América Central e do Sul, Paulo Nigro.
Neste ano, conforme o executivo, as 13 bilhões de embalagens que serão produzidas pela companhia no país serão compostas por 75% de materiais renováveis. No ano que vem, quando o volume produzido pode crescer 5%, esse índice chegará a 82%. "Trabalhamos com dois focos majoritários: segurança alimentar e sustentabilidade", disse.
Conforme Nigro, a Tetra Pak segue otimista com os negócios no Brasil e manterá os investimentos em curso, que vão duplicar a capacidade da fábrica do Paraná, a despeito do crescimento menor da economia nacional. No ano passado, o faturamento da operação brasileira chegou a R$ 4,3 bilhões, com expansão de 9%.
"As manifestações, de forma pacífica, somente mudam [o país] para melhor. Tenho a esperança de que esse seja um movimento destacado da economia", disse.
Sobre a recente variação cambial, o executivo afirmou que a desvalorização repentina do real surpreendeu a empresa e tem impacto no negócio de locação de equipamentos. "Mas o câmbio deve se estabilizar, em patamar outro que não esse."
Com investimento total de R$ 150 milhões, a Tetra Pak vai elevar a 14 bilhões de embalagens por ano a capacidade instalada na fábrica paranaense até 2015 - a empresa tem outra fábrica em Monte Mor (SP).
veículo: Valor Econômico