Tetra Pak reduz previsão de crescimento no Brasil

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A Tetra Pak revisou para baixo a expectativa de expansão do faturamento em 2013. Diante de um cenário de crescimento econômico aquém do esperado e de um ambiente de pressão inflacionária, o faturamento da companhia no Brasil deve crescer aproximadamente 5% em 2013, ante uma projeção anterior de 6% a 6,5%. A receita da Tetra Pak no ano passado cresceu quase o dobro do desempenho esperado para este ano, com alta de 9%, para um total de R$ 4,3 bilhões.

De acordo com o presidente da Tetra Pak Brasil e vice-presidente da companhia para as Américas Central e Sul, Paulo Nigro, a inflação tende a impactar a venda de produtos de caráter mais popular, caso do leite. "Vemos também que a confiança na indústria, embora ainda elevada, apresentou certa queda", afirmou o executivo em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A projeção da companhia para 2013 é de que sejam vendidas cerca de 13 bilhões de embalagens, uma expansão de 5,7% ante o ano passado. O número, embora discreto ante a variação de anos anteriores, representa mais de duas vezes a expansão projetada para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano.

Hegemônica no mercado de embalagens cartonadas, onde concorre com a SIG Combibloc, a Tetra Pak mantém inalterado o plano de expandir a capacidade de sua fábrica de Ponta Grossa (PR). A duplicação da unidade deve ser concluída durante a realização da Copa do Mundo de 2014.

"Vemos ainda um momento de pleno emprego e um período positivo para o Brasil se compararmos com outras economias. E, se há emprego, há consumo", destacou Nigro, para, em seguida, destacar que a visão de longo prazo da Tetra Pak permanece inalterada. A nova unidade deve atender o aumento da demanda doméstica projetada até o final de 2016.

A companhia tem em curso o investimento de R$ 150 milhões na duplicação da capacidade da fábrica paranaense e realiza investimentos de, aproximadamente, US$ 200 milhões na importação de equipamentos utilizados na produção de embalagens por seus clientes. Tais investimentos, ponderou Nigro, são afetados pela recente valorização do dólar ante o real.

A visão otimista de Nigro, a despeito do ambiente macroeconômico mais desafiador para a economia brasileira, foi reforçada pelo diretor-presidente global do grupo Tetra Pak, Dennis Jönsson. Além do potencial de crescimento do mercado doméstico, o executivo destacou que o Brasil é também um mercado de referência no desenvolvimento e comercialização de produtos elaborados a partir de fontes renováveis.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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