No primeiro semestre, foram vendidos 11,35 milhões de televisores de plasma e LCD. Até o fim do ano, a previsão é vender 15 milhões de unidades
Fabricantes de itens da linha branca estimam aumento de 10% nas vendas neste ano, caso o governo mantenha a prorrogação até o final de 2012 da alíquota menor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o segmento. Na última sexta-feira, o governo estendeu o benefício tributário por mais dois meses para reaquecer a economia.
O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, disse ontem, durante a abertura da 7ª Eletrolar Show, acreditar em nova prorrogação porque a redução se mostrou uma bem sucedida experiência. Para a linha marrom, a expansão não deverá ser de dois dígitos, embora as vendas de televisores mais sofisticados estejam surpreendendo.
"A participação das smartvs no total do mercado deverá passar de 20%, em 2011, para 35%, neste ano", previu. No primeiro semestre, foram comercializados 14 milhões de televisores, sendo 11,35 milhões de plasma e LCD. Até o final do ano, a previsão é alcançar 15 milhões de unidades. Para o futuro, a aposta do setor será os televisores acompanhados de controles remotos capazes de captar imagens da televisão quando o usuário estiver longe do aparelho.
De acordo com Kiçula, as vendas de máquinas de lavar roupa (automáticas) cresceram 10% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. No caso dos fogões, o aumento foi um pouco mais expressivo, de 13%. No pacote de incentivo do governo, o IPI da máquina de lavar roupa foi reduzido de 20% para 10%. Para os fogões, a alíquota, que antes era 4%, foi zerada.
A diferenciação no tratamento tributário dos dois itens foi questionada pelo presidente da Eletros, que defendeu a revisão do conceito da essencialidade por parte do governo na definição das alíquotas do IPI. "Hoje não só o fogão é fundamental para uma família. O IPI foi criado em 1964 e, de lá para cá, as mudanças de comportamento da sociedade foram gigantescas", analisou.
Para o segmento de eletroportáteis, a previsão é de aumento de 5% nas vendas até o final deste ano. Diferentemente do que acontece com as linhas branca e marrom, esse segmento sofre mais o impacto dos importados. No primeiro semestre de 2012, as vendas recuaram 2,66% na comparação com o mesmo período de 2011.
"A vulnerabilidade é grande toda vez que ocorre uma queda do dólar", explicou. Nos três últimos meses, a proporção de itens importados e nacionais, para esse segmento, era de 40% e 60%.
Campeões de vendas – Na linha de eletroportáteis, os campeões de vendas no primeiro semestre foram os espremedores de frutas, com expansão de 60%, seguidos dos microfornos, com 32%, e cafeteiras, com 15%. Já as vendas de batedeiras aumentaram 10%.
A 7ª edição da Eletrolar Show, considerada a maior feira de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI da América Latina, começou ontem no Transamérica Expo Center, e termina na próxima sexta-feira. Mais de 10 mil produtos de mil marcas estão expostos.
No ano passado, o volume de negócios da Eletrolar alcançou R$ 2 bilhões. A previsão é dobrar o valor neste ano. Uma das novidades desta edição é participação, pela primeira vez, de fabricantes de bicicletas elétricas.
Veículo: Diário do Comércio - SP