Supermercados vão gerar 10 mil empregos em Minas

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Setor vai investir R$ 340 mi na abertura de 85 lojas em MG, mas expectativa de vendas recua


Os supermercados de Minas Gerais seguem na contramão das perspectivas de baixo crescimento da economia brasileira neste ano, com planos de abrir 10 mil empregos para atender um programa de expansão orçado em R$ 340 milhões. Os recursos serão aplicados na abertura de 85 lojas e reforma de 65 unidades, anunciou, nessa segunda-feira, o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni. Embora os números superem o desembolso e a criação de vagas no ano passado - R$ 300 milhões e 8 mil postos de trabalho -, o esforço será maior por uma taxa de crescimento inferior. As empresas projetam crescimento de 3,5% em 2014, ante 4,93% registrados em 2013.


Segundo o presidente da Amis, sócio-proprietário da rede Verdemar, que sucede José Nogueira Soares Nunes, a taxa otimista está amparada no cenário positivo para os supermercadistas em 2013 e que tende a se repetir, num cenário esperado de manutenção do emprego e da renda no país. A taxa de desemprego em 2013 foi de 5,4% e o salário médio de R$ 1.929,03. "O setor ficou satisfeito em 2013 e até o momento não temos notícias de recuo de investimentos", afirmou Alexandre Poni.


A boa perfomance dos supermercados em 2013 foi confirmada em balanço do comércio varejista de Belo Horizonte, também divulgado ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH). O segmento supermercadista foi um dos que mais contribuíram para as vendas, ao crescer 6,01%. A taxa global alcançou 4,61%.


Para os planos de 2014 divulgados pela Amis, a expansão do número de lojas configura um momento mais recente de aumento da participação das lojas menores, de bairro, aquelas com 300 a 900 metros quadrados e até 4 mil itens em estoque. A tendência, de acordo com Alexandre Poni, reflete hábitos dos consumidores que têm preferido fazer as compras mais perto de casa. Das 85 unidades projetadas para este ano, 40 serão erguidas no formato tradicionais e 45 no modelo de pequenas lojas associadas, quer dizer, que comportam marcas de vários supermercados menores reunidos em rede.


Menor avanço em cinco anos


O aumento de vendas de 4,61% em 2013, com base em balanço da CDL-BH, foi o menor percentual de alta dos últimos cinco anos: 6,1% em 2009, 10,1% em 2010, 7,31% em 2011 e 9,17% em 2012. Para 2014, a entidade estima nova desaceleração, com vendas 3,5% maiores que em 2013. O presidente da CDL-BH, Bruno Falci, credita a desaceleração à combinação entre inflação e juros altos: "Com o aumento do nível dos preços, muitos consumidores acabaram reduzindo as compras, comportamento que implicou diminuição do consumo e, consequentemente, do comércio".


Os setores que apresentaram os melhores desempenhos em 2013, de acordo com a CDL, foram tecidos, vestuário, armarinho e calçados (7,89%); artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo e fotográfico, computadores e periféricos e artigos de borracha (7,22%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e equipamentos (7,12%); produtos farmacêuticos (4,54%); papelarias e livrarias (4,49%) e ferragens, material elétrico e de construção (3,43%)".



Veículo: Estado de Minas

 


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