Setor de brindes será um dos mais favorecidos com a Copa

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Brindes como bonés, chaveiros, bandanas, revestimentos para carros, buzinas, camisas e chapéus nas cores verde e amarelo lotarão, nos próximos meses, os estoques dos lojistas de produtos que custam entre R$ 1 e R$ 99. A expectativa dos comerciantes do setor é de alta, sustentada pela condição do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.

 

O "país do futebol, caipirinha e samba" receberá entre junho e julho milhares de turistas, além da união de brasileiros que se juntarão como torcedores para a festa. Otimista com isso, o comércio especializado em brindes se prepara para ser o palco do Mundial há um ano e meio, e prevê abocanhar uma fatia da estimada movimentação de R$ 142 bilhões entre setores envolvidos no evento.

 

A Feira 1 a 99 Brasil, que será realizada entre 31 de março e 3 de abril, no Expo Center Norte, na capital paulista, já tem toda a planta do espaço comercializada. O evento, dirigido por Eduardo Todres há 18 anos, acontece duas vezes ao ano e é o principal no Brasil no setor de brindes. Os expositores são, em geral, importadores de itens asiáticos que revendem no mercado nacional brindes, utilidades domésticas e brinquedos. Segundo Todres, esta edição da feira terá 80% dos produtos nas cores do Brasil. "A feira estará com 80% dos produtos nas cores verde e amarela. A nossa expectativa é muito alta", disse.

 

No mercado há 16 anos, a Zein Importadora mantem contato direto com fornecedores nacionais e internacionais e participação ativa na Feira 1 a 99 Brasil. Exclusivamente para a Copa a empresa elaborou um mix de 65 produtos diretamente relacionados ao evento. As encomendas começaram a ser feitas em agosto do ano passado, depois de uma análise da tendência do mercado.

 

Todres defende que "quando a sede da Copa é outro país, o público é o torcedor brasileiro. Este ano será diferente porque além do torcedor o País receberá estrangeiros, que farão compras por aqui também. O Brasil sediar a Copa é um momento histórico, que se repete a cada 50 ou 60 anos". Os expositores, segundo Todres, buscarão entre oito e dez containeres, já encomendados, nos portos. Para dar a ideia da tamanha expectativa dos comerciantes em relação ao evento, Eduardo Todres contabiliza que um contêiner comporta, em média, entre 100 e 150 mil unidades. Todres relata que a quantidade de compra e a demanda por espaços na feira é significativamente menor em anos em que não há Copa. Em 2014, ano marcado pela edição do Mundial, os produtos mais vistos nas prateleiras serão chapéu, bandana, tecidos para revestimento de carros, peruca e chaveiro. Em outros anos, são mais comuns produtos de plástico, utilidade doméstica, cozinha e brinquedos.

 

A Feira 1 a 99 acontece duas vezes ao ano. Na segunda edição de 2013 já se viam alguns produtos com alusão à Copa, mas que só tomarão as prateleira, de fato, na primeira edição deste ano. Outras expositoras são a Ingá Imports, Kriat, J L K e Sak'es.

 

Kit torcedor

 

"O comerciante que souber aproveitar bem o momento terá crescimento no faturamento, sem dúvida". Matheus Benati, gerente de marketing da Zein Importadora, assegura que a empresa oferecerá preços bastante competitivos e fará jus a oportunidade do comércio do setor de brindes neste ano, ainda que só por 30 dias. Sobre o público consumidor, o gerente conta que é formado por comerciantes da 25 de Março e revendedores do interior paulista.

 

O professor Nicolau Miguel da FGV/EAESP (Escola de Administração do Estado de São Paulo) garante que o setor de brindes e presentes será um dos mais favorecidos na Copa do Mundo, dada toda a possibilidade de venda a torcedores e turistas. O professor crê que a aposta deve ser em produtos com cara de "made in Brazil". Isso porque o País, ainda lembrado como o país do futebol, sediará o evento. "Quanto à demanda propriamente dita das pessoas, em relação a compras no País, não vejo vantagens porque nossos preços não são convidativos para os consumidores, que não estão acostumados a impostos altos como os nossos", analisou o professor. Para os 30 dias de intenso fluxo de torcedores e turistas no País, pontua Miguel, "é preciso que os comerciantes adequem-se ao cenário e realmente necessário que se faça uma categoria de produtos para a Copa".

 

O professor também aconselha que os comerciantes coloquem em suas lojas termos em diversos idiomas, para chamar a atenção do turista e agregá-lo não somente à torcida e ao turismo, mas também ao varejo. A linguagem precisará estar adaptada e os lojistas precisam elaborar uma maneira de chamar atenção do torcedor e turista. A dica é decorar as lojas com palavras nos idiomas mais conhecidos e apresentar os produtos em termos como "presente", "gift", "regalo". Para o especialista, os lojistas devem possibilitar compras nas principais moedas estrangeiras, como o dólar e o euro.

 

 

Veículo: DCI

 


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