Depois de longas batalhas e muita discussão, o Instituto Gaúcho do Leite (IGL) virou realidade. Agora, tem pela frente a responsabilidade de realizar ações que possam consolidar a produção gaúcha hoje, a segunda maior do país, atrás de Minas Gerais garantindo também sua qualidade.
A criação da entidade, que será alimentada por R$ 2,4 milhões anuais, recursos provenientes do fundo estadual do leite (Fundoleite), foi aprovada ontem em assembleia. Estatuto e presidência também foram definidos.
– É um dia histórico. Temos o desafio de organizar o instituto e sentimos que a expectativa é muito grande – diz Gilberto Piccinini, presidente da Cosuel, da Câmara Temática do Leite da Ocergs e o escolhido para comandar o IGL.
O estatuto prevê até 47 associados – cooperativas e entidades representativas do setor. Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e Sindicato da Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) não estavam presentes na assembleia de ontem.
– A ausência se deve à falta de entendimento quanto ao estatuto – explica Jorge Rodrigues, presidente da Comissão de Leite da Farsul.
A partir de agora, o prazo estimado é de até duas semanas para o registro do estatuto em cartório. Neste período, a diretoria irá se reunir para acertar os detalhes do funcionamento do instituto – como local da sede, equipamentos, e eventuais contratações. Pelo menos duas assembleias serão realizadas anualmente, nos meses de abril e novembro.
Na lei que instituiu o Fundoleite – publicada no mês de dezembro – o prazo estabelecido para a criação do IGL era de 180 dias. Com o instituto implementado, a previsão é de que em março possam se iniciar as contribuições ao fundo – a serem feitas, meio a meio, pela indústria e pelo Estado.
Veículo: Zero Hora - RS