A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline GSK) deixou para fechar uma venda de ativos em dezembro e reforçou seu balanço do quarto trimestre. O resultado líquido chegou a 2,46 bilhões de libras esterlinas, ou cerca de US$ 4 bilhões, se considerada a parcela atribuível aos controladores. A alta foi de 190% na comparação anual.
Entre outubro e dezembro, a receita líquida do grupo subiu 1,5%, para 6,91 bilhões de libras (US$ 11,26 bilhões). O efeito cambial adverso foi responsável por cortar em quase 3,5 pontos percentuais esse incremento, com volume forte de vendas em mercados emergentes e nos Estados Unidos.
O avanço nos custos de venda da GlaxoSmithKline, porém, acelerou bem mais do que a receita, subindo 25,2% no período, para 2,53 bilhões de libras (US$ 4,12 bilhões). Para compensar, a farmacêutica reduziu as despesas gerais e administrativas em 0,5% e com pesquisa e desenvolvimento em 6,5%.
O que ajudou a última linha do balanço da farmacêutica no trimestre foi principalmente os recursos da venda do Lucozade e do Ribena, de bebidas isotônicas, à japonesa Suntory. Os ganhos chegaram a 1,13 bilhão de libras (US$ 2,2 bilhões). O grupo britânico também se beneficiou de créditos fiscais.
No ano, o lucro da GlaxoSmithKline chegou a 5,44 bilhões de libras (US$ 8,86 bilhões), expansão de 20,8% ante 2012.
Já o lucro líquido atribuível aos acionistas da fabricante americana de medicamentos Merck caiu 14% no quarto trimestre ante o mesmo período de 2012, para US$ 781 milhões. A queda foi causada pela desvalorização das moedas nos países em que o grupo atua e pela perda de exclusividade em vendas de alguns remédios. A receita líquida da Merck recuou 4% em 12 meses, para US$ 11,32 bilhões, com efeito cambial adverso e a perdas de patentes. A pior performance foi registrada na área farmacêutica, com queda nas receitas do Januvia, utilizado em controle glicêmico, e do Gardasil, para prevenção do HPV.
No acumulado do ano, a Merck teve lucro líquido de US$ 4,4 bilhões, redução de 29%, e receita líquida de US$ 44,03 bilhões, nível 7% menor do que em 2012.
Veículo: Valor Econômico