JBS compra a Massa Leve para concorrer com a BRF

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Empresa paga R$ 260 milhões por produtora de massas frescas e congelados. Companhia, que já detém as marcas Seara e Friboi, busca elevar receita com itens de maior valor agregado


A JBS, maior empresa do mundo em proteína animal, avançou ontem no plano de diversificar os seus negócios no Brasil e aumentar a sua participação em mercados de maior valor agregado.A companhia anunciou a compra da Massa Leve, empresa paulista que atua na produção e na comercialização de pratos prontos e massas frescas, por R$ 260 milhões. A maior parte do pagamento, de R$ 200 milhões, será feita por meio de ações da JBS mantidas em tesouraria.

Embora o valor da aquisição seja pequeno em relação ao tamanho da JBS, que deve faturar R$ 100 bilhões neste ano, o anúncio mostra a disposição da empresa em crescer nesse segmento e rivalizar com a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão.Em meados deste ano, a JBS adquiriu a Seara, empresa de aves, suínos e alimentos processados, por R$ 5,8 bilhões. Desde então, trabalha em um novo planejamento estratégico para essa divisão, que a partir do próximo ano se chamará JBS Foods.

A nova aquisição abre caminho para a JBS aumentar o volume de vendas de processados, já que a capacidade de produção das unidades da Seara está perto do limite. Segundo a JBS, a Massa Leve é a terceira do país no mercado de pratos prontos.No próximo ano, a JBS pretende elevar o seu faturamento em 20% com as vendas de produtos de maior valor agregado, conforme sinalizou recentemente o presidente da empresa, Wesley Batista.

O faturamento da Massa Leve é estimado em R$ 400 milhões para 2014. Do total, 40% são provenientes da comercialização de massas frescas, segmento no qual é líder.O restante é proveniente da venda de alimentos congelados, como pizzas, tortas, pães de queijo, folhados e sanduíches --em algumas dessas linhas, a JBS já está presente com a Seara.

Parte da produção é vendida com a marca Massa Leve, mas a empresa também atua no segmento de marcas próprias, fornecendo alimentos para grandes redes, como o Walmart e o Carrefour. Esse modelo deve ser mantido.A transação depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica para se concretizar.



Veículo: Folha de S. Paulo


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