Indústria mineira está mais otimista para o próximo ano

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Para a Fiemg, produção crescerá 2,78% ancorada na recuperação dos EUA e Europa



Como conseqüência de um cenário econômico mundial adverso, a produção industrial em Minas Gerais deverá fechar 2013 com queda próxima a 1,09% na comparação com o exercício passado. O resultado frustra completamente a previsão feita pelo setor produtivo no início do ano, que era de atingir expansão de 4% no Estado. Já para 2014, as projeções apontam para recuperação, com crescimento de 2,78% na atividade da indústria. O incremento esperado baseia-se, principalmente, em uma possível retomada das economias dos Estados Unidos e Europa.

Assim como no Produto Interno Bruto (PIB) e no comércio, os resultados da produção industrial mineira também ficarão aquém dos apresentados no país. Isso porque estima-se que o segmento feche o ano com um crescimento de 1,63% no Brasil. Os dados integram o balanço anual do setor e estão presentes na pesquisa "Monitor Econômico", divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). "Pelas características da economia mineira, quando o mundo cresce o Estado segue a mesma tendência e o contrário também acontece", explica o presidente da entidade, Olavo Machado Junior.

Na avaliação do presidente do Conselho de Política Econômica da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes, o resultado da indústria mineira é fruto de um cenário "diversificado", com alguns setores se destacando positivamente e outros não correspondendo às expectativas iniciais.

E Minas respondeu de forma mais negativa ao cenário internacional conturbado do que o país, em decorrência do peso de alguns setores exportadores na economia local.  o caso, por exemplo, da metalurgia básica, que no acumulado de 12 meses até outubro apresentou queda de 3,9%. Produtos de metal, com destaque para estruturas metálicas em Minas Gerais, retraíram 5,8% na mesma base de comparação. E, como se não bastasse, depois de um início de ano positivo, o setor automotivo fechou o acumulado até o décimo mês do exercício com retração de 0,8% na produção.


Boas surpresas - Entre as surpresas positivas no Estado estão os setores de máquinas e equipamentos, com crescimento na produção estimado em 16,7% no acumulado de 12 meses até outubro; refino de petróleo e álcool (+9,9%); têxtil (+5,9%); e alimentos (+4,9%). No caso dos bens de consumo, que incluem alimentos e têxtil, uma das justificativas para o bom desempenho alcançado neste ano é o "efeito câmbio". Ou seja, com a valorização do dólar frente ao real, os produtos nacionais ganharam competitividade no mercado interno.

Apesar de o resultado deste ano ter ficado aquém do esperado, as projeções da entidade para 2014 são um pouco mais otimistas. Espera-se que a produção industrial em Minas Gerais alcance um crescimento de 2,78% frente à base alcançada em 2013. O percentual está acima do esperado para o país, de 2,25% para o mesmo período.

O economista da entidade Guilherme Velloso Leão explica que o otimismo se justifica por alguns fatores. O primeiro deles é a baixa base de comparação, uma vez que a taxa neste ano retraiu. O outro é a possibilidade de recuperação da economia de importantes parceiros comerciais do país.

Os Estados Unidos, por exemplo, deverão alcançar um crescimento econômico de 1,6% em 2013. E a Europa começou a apresentar sinais de ligeira recuperação no segundo semestre deste ano. Mas espera-se que, em 2014, ela volte a crescer, com uma taxa tímida de 1%. E a China, pelo o que tudo indica, deverá manter um crescimento entre 7% e 8% nos próximos exercícios. Dessa forma, espera-se uma elevação das exportações mineiras para esses destinos, com conseqüente impulso na produção industrial.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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