CNA avalia importação de fruta do Equador

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Preocupação é com a entrada de novas pragas e doenças com a chegada da banana equatoriana .

Os produtores de banana, frente às pressões do Equador para que o Brasil libere as importações do produto, reivindicam a realização de uma audiência pública, na Comissão de Agricultura da Câmara, para analisar as conseqüências econômicas, sociais e fitossanitárias que uma medida dessa natureza possa trazer para o país. A maior preocupação é com a entrada de novas pragas e doenças com a importação da fruta produzida naquele país vizinho.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apoia essa reivindicação e, por meio da Comissão Nacional de Fruticultura, irá coordenar e promover o diálogo sobre a polêmica questão junto ao governo, produtores e o Congresso Nacional. A Conaban, que representa os produtores nacionais, vai participar do trabalho com estudos técnicos e avaliações sobre os impactos da importação da banana no mercado brasileiro.

O assunto voltou à pauta econômica do país devido às pressões do Equador. O país vizinho anunciou ter cumprido os requisitos fitossanitários que o tornam apto a exportar a fruta para o Brasil, conforme prevê a Organização Mundial de Comércio (OMC). Essa atitude levou a Comissão de Comércio Exterior (Camex) a colocar o tema em discussão, devendo analisar o assunto na reunião marcada para o próximo dia 20.

O Brasil, segundo a Associação dos Bananicultores do Vale da Ribeira (Abavar), é o terceiro maior produtor de banana do mundo, com 7,5 milhões de toneladas anuais, atrás da Índia e da China. No país são cultivados perto de 500 mil hectares da fruta e estima-se que a cultura responda por 520 mil empregos diretos, além de outros 2 milhões de postos de trabalho indiretos.

A eventual importação do produto poderá trazer danos ao Brasil, com a introdução de novas pragas capazes de afetar a produtividade e, assim, elevar os custos de produção. Essa situação aconteceria, especialmente, em São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia.

Estudo dos produtores, entregue ao Ministério da Agricultura, alerta sobre o risco da entrada no país de pelo menos seis pragas que teriam efeitos devastadores para a banana no Brasil, além de um fungo altamente resistente aos pesticidas aplicados no controle da sigatoka-negra, doença já instalada nas regiões produtoras daqui.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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