Site da Coca-Cola perde lado sóbrio para investir em formato de revista

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Versão nos EUA recebe aporte milionário e terá blogs e entrevistas para atrair visitantes


A companhia conhecida há décadas por promover sua principal marca com o slogan "a pausa que refresca" decidiu refrescar seu site empresarial para o novo século.

A Coca-Cola reformulou seu site na semana passada, adotando abordagem e atitude mais parecidas com as de uma revista do que com as de um portal de negócios.

A mudança foi considerada por seus executivos como o mais ambicioso projeto digital que já empreenderam.

Reorganizado, o coca-colacompany.com oferecerá artigos sobre tópicos como entretenimento, ambiente, saúde e esportes, entre os quais textos mais longos que receberão o mesmo destaque que uma revista dá à sua reportagem de capa.

Entrevistas, colunas de opinião, clipes de vídeo e áudio, blogs e galerias de imagens também terão destaque.

O site atrai cerca de 1,2 milhão de visitantes únicos ao mês, dizem executivos, número que eles desejam aumentar substancialmente ao adotar uma filosofia que dê mais foco ao consumidor.

O site da Coca-Cola foi criado em 1995 e sua última reformulação do site tinha ocorrido em 2005, "o que representa uma vida toda em termos tecnológicos", disse Ashley Brown, diretor de comunicação digital e mídia social da empresa nos EUA.

O conteúdo está sendo criado por 40 redatores e fotógrafos autônomos e por "pessoas de todo o sistema Coca-Cola, de marketing e relações públicas", diz Brown.

"Somos como os repórteres em busca de notícias nessa organização", diz o executivo. "É bem parecido com uma revista ou um jornal."

Uma diferença notável distingue o site da Coca-Cola da maioria dos veículos de mídia, excetuadas outras publicações especializadas ou internas: a narrativa no site será subjetiva, e não objetiva, e apresentará material favorável às marcas, aos produtos e aos interesses da Coca-Cola.

Ainda que o conteúdo seja apresentado "de um certo ponto de vista", reconhece Brown, "queremos ser uma fonte confiável".

Os planos determinam, por exemplo, aceitar colunas de opinião com posições distintas das adotadas pela empresa, acompanhadas por explicações que diriam que "a perspectiva da Coca-Cola é outra", e por um espaço para que a companhia apresente sua refutação.

Questionado se o site poderia publicar uma coluna do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que lidera uma campanha pela restrição à venda de refrigerantes tamanho gigante, Brown respondeu que "tudo é possível.

Ele comparou a abordagem que seguirá no site às práticas da Coca-Cola nas mídias sociais. "No Facebook e no Twitter as pessoas podem comentar que preferem Pepsi, por exemplo."

Quanto ao custo do projeto, disse que será "na casa dos milhões de dólares", mas não deu mais detalhes.



Veículo: Folha de S.Paulo


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