Com planta em Itajubá, a Higident fabrica para grandes grupos como Água de Cheiro, Natura, Avon, Jonhson & Jonhson, Jequiti, Nívea, Boticário etc
A Higident do Brasil Ltda, com sede e fábrica em Itajubá, no Sul de Minas, especializada na fabricação de sabonetes adulto e infantil, está captando mais clientes para o fortalecimento da atuação no país. Para 2012, a empresa prevê crescimento de 22% no faturamento em relação a 2011, e a ampliação da capacidade de produção.
A empresa paulista, fundada em 1967, se mudou para Minas em 1979. Como não possui marca própria, fabrica sob encomenda para grandes grupos nacionais e internacionais, como Água de Cheiro, Natura, Avon, Jonhson & Jonhson, Jequiti, Nívea, Boticário etc. A estratégia para este ano é ampliar a capacidade de produção e expandir o fornecimento para atender os consumidores de baixa renda e as demandas de exportação para países da América Latina.
O volume de produção mensal é de 42 milhões de unidades. Com mais de 1,2 mil funcionários diretos, a Higident trabalha em três turnos e opera com capacidade ociosa de 30%, considerada uma margem de segurança. Segundo o diretor Antônio José Vieira, a produção pode chegar a 60 milhões de unidades por mês utilizando a capacidade total de produção. "Este ano estamos aumentando nossa capacidade fabril e, conseqüentemente, a demanda por mão de obra na cidade de Itajubá", revela.
A fábrica fica em uma área total de 70 mil metros quadrados, sendo 36 mil metros quadrados construídos. Ainda de acordo com o diretor, está sendo realizada uma expansão de 5 mil metros quadrados neste ano. A ampliação da capacidade de produção vem acontecendo desde 2009, com aportes de R$ 30 milhões na infraestrutura e na compra de maquinário, previstos para serem finalizados em 2012. Os investimentos são resultados de um mix de capital próprio sendo reinvestido na empresa e também recurso de terceiros.
Entre 2006 e 2009, a Higident do Brasil recebeu aporte da ordem de R$ 50 milhões. Desse total, 10% foram provenientes de instituições de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O restante foi financiado com recursos do próprio caixa.
Linear - A Higident do Brasil tem apresentado crescimento constante nos últimos anos. Entre 2008 e 2011, a taxa foi de 325%. Para 2012, a previsão é um aumento de 22% no faturamento na comparação com o ano anterior. Para Vieira, a empresa vem acompanhando o mercado mundial. "Nos últimos anos, ela se modernizou, profissionalizou e fez investimentos em infraestrutura, para atender o mercado nacional e internacional", diz.
A empresa atravessou ilesa a retração econômica registrada em 2009. Com muita cautela e a busca por novos parceiros levaram ao crescimento dos negócios. O faturamento naquele ano chegou a R$ 150 milhões, o que corresponde a um crescimento de 100% em relação ao montante contabilizado no exercício anterior. "O incremento foi possível graças aos investimentos realizados nos últimos anos, aliados à expansão do mercado de cosméticos no Brasil."
Para o diretor, a maior dificuldade da empresa atualmente são os altos impostos cobrados pelo governo. "Poderia ser mais fácil se o montante de impostos fosse menor. Pagamos 5% de IPI, 12% de ICMS, 10,3% de Cofins e 2,2% de PIS. Isso sem contar os encargos trabalhistas. Além disso, usamos como matéria-prima gordura animal e vegetal, que têm preços muito volúveis no mercado", completa. A Higident ainda é responsável por todo o processo logístico, com uso de sistema de rastreamento por satélite em todos os seus caminhões e motoristas qualificados. "São mais de 1,2 mil empregos diretos e 3 mil indiretos", afirma.
Para se tornar em uma companhia verde, investiu em diversas ações. Hoje, ela possui um projeto de extração de óleo da abacate, com incentivo para a agricultura familiar; plantação de eucalipto para reflorestamento e alcançar a emissão de carbono zero. A Higident ainda ampliou a estação de tratamento efluentes e tem um projeto de reflorestamento em áreas da Serra da Mantiqueira.
Veículo: Diário do Comércio - MG