Setor alimentício aproveita para ampliar vendas

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Empresas do setor de alimentação registram crescimento dos negócios graças ao aumento do poder de compra da classe C. Na Castelo Alimentos, a participação das receitas obtidas com as vendas para consumidores do segmento saltou de 28% em 2009 para 32% em 2011. Para laçar mais clientes, as companhias apostam na diversificação de produtos, preços menores e promoções via redes sociais.

O nicho de panificadoras também tende a ganhar terreno por conta das mudanças de hábitos de consumo das famílias das classes C e D, segundo Bruno Caetano, diretor-superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP).

Com sede em Jundiaí (SP), a Castelo Alimentos, com 170 funcionários, começou a reformular linhas de produtos para atender os clientes emergentes a partir de 2009. Este ano, a empresa deve superar o faturamento projetado de R$ 56 milhões, R$ 3,7 milhões a mais do que o obtido em 2010.

"Relançamos uma linha de molhos para saladas com novos sabores, embalagens e preços mais acessíveis aos consumidores", diz o gerente de marketing Paulo Roberto Sola. A Castelo Alimentos atingiu uma produção de 68,2 milhões de litros de vinagres em 2010, que, segundo a empresa, corresponde a cerca de 40% do mercado brasileiro. A marca tem portfólio de 56 produtos. Para conquistar clientes de renda ascendente, lançou este ano novos molhos de pimenta. "Os lançamentos foram baseados em um novo perfil de consumidor, que está frequentando restaurantes, viaja mais e, por isso, conhece as novidades culinárias", explica.

Segundo Bruno Caetano, do Sebrae-SP, o setor de panificação também tende a se expandir com o maior poder aquisitivo das classes C e D. "Em nossos pontos de atendimento aumentou a demandas de informações sobre como abrir e manter uma panificadora", diz. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o país tem 63,2 mil padarias, setor que gera 800 mil empregos diretos e 1,5 milhão de postos indiretos e tem faturamento estimado em R$ 73,5 bilhões.

Com sede em Santo André (SP), a rede Padaria Brasileira decidiu convidar clientes pelo Facebook e o Twitter para um dia de degustação de novos doces. Segundo Antônio Henrique Afonso Junior, um dos sócios, a expectativa é incrementar as vendas em 25%. A rede é formada por quatro unidades, três em Santo André e uma em São Bernardo do Campo (SP), além de sete franqueadas. Atende mais de 3 milhões de clientes ao ano e vende 350 mil doces, 85 toneladas de bolos e 1,5 milhão de salgados.

Em Aracaju (SE), o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria (Sindipan) inaugurou uma escola para formação e qualificação profissional de padeiros confeiteiros no Distrito Industrial da capital sergipana. O Estado tem mais de 845 panificadoras, 450 das quais na Grande Aracaju. (J.S.)


Veículo: Valor Econômico


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