Queda do otimismo e o temor do desemprego devem fazer consumidor gastar menos em presentes na data, considerada a segunda melhor do ano
Com a preocupação em conter gastos, os presentes para o Dia das Mães serão simples. Ao invés de contrair dívidas de longo prazo, com bens semiduráveis, o brasileiro deverá comprar produtos como roupas, sapatos e acessórios.
E pode preferir o prazer da experiência em família num restaurante do que o gasto com uma lembrança. "Mesmo com a situação desfavorável, mãe é mãe e os filhos compram algo", afirmou ao DCI o sócio fundador da ba}Stockler, Luís Henrique Stockler. A expectativa inicial do mercado é que as vendas não cheguem a 1% de crescimento no período, comprovando a contenção de gastos mesmo em uma data sazonal importante para o varejo. "Essa não é a primeira crise que vivemos e nesses momentos o consumidor segura os gastos", afirmou.
Para Stockler, se as redes de eletroeletrônicos e eletrodomésticos quiserem vender, devem abusar das promoções no período. "Tem sempre aquele consumidor que compra no cartão de crédito e paga em até três vezes. Então ter bons preços ajudará", argumentou.
Outro ponto destacado pelo especialista seria o de criar ações promocionais com o mote do "presente da família", o que também pode ser uma medida assertiva neste momento de vendas em baixa. "Os filhos não costumam comprar um perfume e dividir o valor por três. Em uma outra categoria isso pode criar a intenção de compra."
Estimativa
Pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), apontou que os empresários cariocas estimam vender 0,5% a mais no Dia das Mães, a maior data comemorativa do comércio depois do Natal.
Segundo o presidente da CDL-Rio, Aldo Gonçalves, os lojistas estão moderadamente otimistas com as vendas no Dia das Mães e a estimativa de crescimento de apenas 0,5% reflete o fraco movimento comercial dos últimos três meses e o quadro econômico atual, com inflação e juros altos.
"Apesar desse cenário, os comerciantes criaram uma série de estímulos para aumentar as vendas entre promoções, descontos, sistemas de crédito diferenciados e diversificação de produtos", explicou, em nota.
Os lojistas estimam que o preço médio dos presentes por pessoa seja cerca de R$ 140. A previsão é de que os clientes utilizem o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido de cartão de loja, cheque parcelado, a prazo (crediário), dinheiro e cartão de débito. Os lojistas acreditam que vestuário, calçados, bolsas e acessórios, joias e bijuterias, perfumes, produtos de beleza, celulares e eletroeletrônicos terão maior procura.
Veículo: DCI