Comércio eletrônico é tábua de salvação

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Um mundo com cada vez menos cartas, em que avança o uso da internet, tornou-se um desafio para as empresas de serviços postais de todo o planeta. Um seminário realizado em Brasília, ontem e hoje, discute como essas companhias podem diversificar seus negócios e sobreviver em um mercado no qual está em desuso o principal produto com que elas estavam acostumadas a trabalhar. O comércio eletrônico foi apontado, de forma praticamente unânime, como tábua de salvação ao futuro das empresas.

A vice-presidente de negócios globais do United States Postal Service (USPS), o correio americano, Giselle Valera, foi uma das mais enfáticas ao indicar que essa é a prioridade. "O nosso maior foco hoje, sem dúvida, é o comércio eletrônico. Suas vendas aumentam 10% ao ano, nos Estados Unidos, enquanto o varejo tradicional cresce 3%", disse Valera.

Municiada de estimativas que mostram o potencial desse mercado, a executiva apresentou uma projeção de que o comércio eletrônico, no Brasil, passará de US$ 12,2 bilhões em 2010 para US$ 31,8 bilhões em 2016. Na América Latina, como um todo, a expansão será de US$ 22,2 bilhões para US$ 62,4 bilhões no mesmo período. No mercado americano, segundo ela, cada consumidor gasta US$ 593, em média, por ano. Eletrônicos, roupas e produtos de beleza e higiene estão entre os mais vendidos.

O diretor comercial do correio chileno, Salestio Prieto, também colocou esse nicho como oportunidade. A empresa Correos Chile, que é controlada pelo Estado, fatura cerca de US$ 140 milhões e conseguiu inverter a trajetória de queda das receitas. Em 2012, segundo ele, teve expansão de 9% das receitas. No primeiro trimestre de 2013, elas cresceram 17%.

Prieto disse que a companhia tem dado ênfase no mercado de entregas expressas e ressaltou a importância de um sistema de rastreabilidade dos produtos, online e em tempo real, implantado recentemente. Isso, segundo ele, aumentou a confiança dos clientes no serviço postal.

Outra inovação da empresa chilena foi a instalação de quiosques, nas ruas de cidades como Santiago, em que os consumidores podem comprar e retirar produtos do comércio eletrônico.

De acordo com Prieto, a meta da Correos Chile é aproveitar o grau de abertura comercial do país - que tem 22 acordos de livre comércio - para se transformar em "hub" na distribuição de mercadorias para a América do Sul.



Veículo: Valor Econômico


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