Zambon foca modernização e parcerias para crescer no Brasil

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Com 100 anos de existência, o italiano Zambon Laboratórios Farmacêuticos iniciou há pouco mais de três anos uma modernização completa de sua estrutura em todo o mundo. O afastamento da família e a criação de um conselho profissional começou a ditar novas diretrizes para a companhia, presente em mais de 16 países. O Brasil, onde está há 50 anos, já é considerado um dos quatro principais mercados do grupo, que fatura € 500 milhões por ano. Ao lado do País, estão mercados importantes como França, Espanha e Itália. Por isso, depois da saída de Waldir Eschberger Júnior, no início deste ano, a empresa decidiu acelerar as mudanças e contratar um executivo com uma característica marcante na área de marketing.

 

Wilson Borges chega ao comando do laboratório italiano no País trazendo na bagagem 27 anos de vivência na indústria farmacêutica, a maior parte deles passados dentro dos departamentos de marketing de multinacionais do segmento como Pfizer e Wyeth, além de uma passagem pela brasileira Medley.

 

"Meu desafio será implantar aqui a modernização do Zambon", diz o novo gerente-geral. E para isso, o executivo já está tocando o projeto de mudança da antiga fábrica do Sacomã (bairro da capital paulista) para uma área locada dentro das modernas instalações da Boehringer Ingelheim, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A próxima mudança, da área administrativa, deve ser decidida em, no máximo, 60 dias, também saindo do Sacomã para algum local na região Sul da cidade de São Paulo. As mudanças custarão cerca de R$ 1 milhão à companhia.

 

Parcerias

 

Uma vez nas novas instalações, a empresa adotará mais intensamente uma tática de parcerias e licenciamentos para medicamentos. "Vamos buscar parceiros locais ou de fora que precisem de uma estrutura comercial robusta, como a nossa, para alcançar maior participação no mercado de forma rápida e efetiva", diz Borges.

 

Segundo o executivo, a expectativa do laboratório é crescer 15% no território nacional sobre o último ano, quando já havia ampliado seu faturamento em 21%, chegando a R$ 97 milhões. Para isso, já investiu R$ 5 milhões em uma grande campanha para divulgação do Fluimucil, produto indicado para problemas respiratórios e carro-chefe da empresa responsável por 25% do faturamento. Outros segmentos também devem ganhar reforços, como a área de dores, especialmente com o produto Spidufen, e a área de saúde feminina, onde o destaque fica para o Monoril, medicamento indicado para cistite.

 

Quanto à biotecnologia, apontada por muitos laboratórios como o futuro da indústria farmacêutica, Borges afirma que o Zambon também busca parcerias na área. Mas suas pesquisas hoje se concentram na praticidade de tratamentos. "Estamos trabalhando muito no conceito facilidade", diz Borges. Assim, muitos dos remédios da empresa estão passando por estudos para que se encontrem alternativas de dose única, por exemplo. "Isso não significa que não estamos atentos às boas oportunidades", acrescenta.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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