Sartori debate ações do governo na Fecomércio-RS

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Governador apresentou pontos positivos e refletiu sobre os desafios

 



Uma conversa entre amigos. Essa foi a tônica do primeiro encontro oficial do governador José Ivo Sartori com a diretoria da Fecomércio-RS. Na noite da quinta-feira, acompanhado do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, Sartori participou de parte da reunião dos dirigentes, momento em que aproveitou para apresentar pontos positivos dos primeiros 100 dias do governo.

Recebido pelo presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, fez questão de agradecer publicamente o apoio recebido. "Nos momentos mais difíceis da minha caminhada, um personagem que me ajudou foi o Luiz Carlos", pontuou logo no diálogo que manteria por cerca de uma hora com empresários do ramo.

O governador, embora inicialmente tenha hesitado em falar, se estendeu na sequência, e ficava mais cada vez mais à vontade. Depois de cumprimentar conterrâneos e conhecidos, relembrando relações e histórias ? algumas, inclusive, retomando a infância na Serra Gaúcha ?, destacou as lideranças que estavam reunidos na sala.

"Existe um Rio Grande forte e próspero e ele é de vocês, da produção", mencionou, citando os três segmentos econômicos: indústria, comércio e agroindústria. "Vocês estão em 112 sindicatos (base filiada da Fecomércio-RS) e isso representa 570 mil empresas e 1,6 milhão de empregos", prosseguiu. "Precisamos tornar o Estado forte e estimulante", pontuou, evocando o discurso da mudança.

A partir dali, Sartori destacou o papel de seu governo, colocando à disposição da direção da Fecomércio-RS os secretários estaduais da Fazenda e do Planejamento para apresentarem números do governo gaúcho, quando a equipe considerasse necessário. "Chegamos aqui para mudar, mudar os procedimentos e dizer o que é verdadeiro."

Em um balanço do início do mandato, o governador falou sobre o impacto do ajuste fiscal, citando que o Estado fez uma contingenciamento de 20% nos gastos que resultará, ao final do ano, em uma contenção de R$ 1 bilhão.

"Sem esquecer que não podemos diminuir na segurança, saúde e educação", ponderou, sem, no entanto, detalhar mais sobre o ajuste fiscal e se traria impacto a essas áreas. Segundo Sartori, com a adoção de outras medidas, também não detalhadas, o governo conseguirá economizar mais R$ 600 milhões, totalizando um controle de gastos de R$ 1,6 bilhão, insuficiente para cobrir o déficit superior a R$ 5 bilhões, reconheceu.
Governador destaca investimentos e parcerias privadas

Na outra frente das contas públicas, o governador José Ivo Sartori disse aos empresários, na Fecomércio-RS, que o governo quer criar condições para receber investimentos.

Nesse sentido, elogiou publicamente o secretário de Desenvolvimento, Fábio Branco, por ser “diligente e prospectivo”, citando uma série de empresas que têm apresentado ao governo projetos de investimentos, entre elas Sthil e Foton.

“A Synthos tem uma questão de antidumping. A Innova (no Polo Petroquímico de Triunfo) quer duplicar a planta industrial. Tem a Lactalis, que adquiriu a parte de leite da BRF. A Fruki que está instalando CD em Pelotas e Caxias e uma nova fábrica em Candelária”, elencou Sartori.

O governador ainda destacou os investimentos na área de gás previstos pela Bolognese, a previsão de aporte de R$ 1 bilhão da Yara Fertilizantes no porto do Rio Grande e, com mais ênfase, a instalação de um CD da Ford em Gravataí, cujo empreendimento atenderá a toda a América Latina.

Em relação aos investimentos previstos para a infraestrutura do Estado, Sartori dimensionou que não existe outra maneira de atender às demandas sem firmar parcerias público privadas (PPPs). É contando com essa prerrogativa que o governo prevê um grande projeto voltado para o transporte fluvial no Rio Grande do Sul.

Ao final da fala do governador, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, comentou que uma das propostas apresentadas pela Fecomércio-RS para o governo já foi contemplada, a redução das secretarias. A outra demanda que o presidente da entidade destacou, sobre o Imposto de Fronteira, foi avaliada por Sartori na sequência como uma medida que será contemplada pela gestão estadual quando houver consenso entre setores interessados, desde que não prejudique o Estado.

O ex-presidente da Fecomércio-RS Zildo de Marchi reforçou que a entidade prestigiou a candidatura de Sartori quando ele ainda era o quarto colocado na disputa eleitoral.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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