Índice de Confiança do Consumidor recua 5,45% em março na Capital

Leia em 2min 20s

Diante da atual conjuntura nacional e dos constantes resultados negativos da economia nacional e mineira, o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICCBH) recuou 5,45% em março na comparação com o mês anterior, conforme levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). O indicador manteve-se abaixo da fronteira que separa o pessimismo do otimismo, atingindo 38,34 pontos no terceiro mês deste exercício. O resultado é o mais baixo dos últimos 11 anos - em agosto de 2004 o índice havia sido de 38,4 pontos. No ano, a queda acumulada é de 13,59% e nos últimos 12 meses de 15,06%.

O ICC, divulgado ontem, analisa itens como emprego, inflação, disponibilidade de recursos, situação econômica do país, situação financeira da família e pretensão de compras. Assim, o estudo permite ao comércio varejista avaliar as opiniões e as expectativas dos consumidores com o objetivo de planejar seu negócio em termos de estoques, contratações, investimentos, entre outros.

A pesquisa apontou que o Índice de Expectativa Econômica (IEE) caiu 5,23% na comparação com fevereiro e o Índice de Expectativa Financeira (IEF) registrou recuo de 5,61% no mesmo período. De acordo com a coordenadora de pesquisa, Thaize Martins, entre os itens avaliados, apenas a situação econômica da família manteve-se acima dos 50 pontos, representando otimismo, com resultado de 55,77 pontos no mês. O pior resultado, por outro lado, conforme ela, diz respeito à inflação, que ficou com apenas 21,96 pontos.

"O pessimismo está generalizado. O sentimento em relação à inflação até melhorou um pouco na comparação com o mês anterior, mas continua sendo o pior entre os itens avaliados. Já o emprego teve a pior queda de um mês para outro, chegando a 37,38 pontos em março", detalha.

Ainda de acordo com o levantamento, os itens que lideram a lista dos bens e serviços que os consumidores da Capital desejam adquirir são: vestuário e calçados (23,81%), veículos (9,05%) e móveis (8,1%) (6%).

Cesta básica - O custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com alimentação, registrou em março recuo de 2,11% na comparação com fevereiro. No ano foi apurada alta de 3,64% e, no acumulado dos últimos 12 meses, aumento de 0,29%. O valor da cesta no terceiro mês de 2015 foi de R$ 338,02, o que representou 42,9% do piso salarial do mês de R$ 788. Em igual mês do ano passado o custo era de R$ 337,03.

Treze itens compõem a cesta básica. As baixas mais significativas observadas no mês ocorreram na farinha de trigo (-9,66%), carne - chã de dentro (-1,93%), café moído (-4,83%) e leite pasteurizado (-3,47%). Já os maiores aumentos ocorreram na banana caturra (16,93%), na manteiga (2,28%) e no óleo de soja (1,45%).



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Farmacêutica Mylan faz oferta por concorrente

    Veículo: O Estado de S. Paulo...

Veja mais
Exportações de calçados sobem em março

No acumulado do trimestre, vendas externas de empresas calçadistas caíram 12% ante o mesmo período ...

Veja mais
Preço afasta paraense de dieta saudável

Alimentação: Muitos ignoram valor nutricional de frutas, verduras e legumes     Preços...

Veja mais
Pão pode subir até 20% em abril

O cacetinho vai ficar mais salgado. Não que o padeiro tenho colocado sal a mais na receita, nada disso. O que vai...

Veja mais
Mapa quer reduzir desperdício e estimular consumo de fruta feia

A fim de reduzir o desperdício de alimentos, o Mapa quer estimular o consumo das frutas e hortaliças que p...

Veja mais
Cesta básica sobe 1,75% em março em Porto Alegre

Conjunto de genêros alimentícios essenciais agora custa R$ 360,01   Após fechar fevereiro em ...

Veja mais
Cesta básica aumenta 1,24% no Recife e passa de R$ 294,93 para R$ 298,60

Valor, segundo o Dieese, compromete 41,19% do salário mínimo líquido em março deste anoFicou...

Veja mais
Indústria cresce em oito estados em fevereiro, apesar de queda nacional

As maiores altas foram observadas no Pará (3,4%) e em Goiás (3,2%), segundo dados da Pesquisa Industrial M...

Veja mais
Cesta básica fica mais cara em BH, informa Dieese

O preço médio da cesta básica belo-horizontina registrou alta de 0,44% na passagem de fevereiro par...

Veja mais