TNT vê demanda aquecida e lucro segue na meta

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A TNT, multinacional de logística com sede na Holanda, trabalha com um cenário de demanda aquecida no Brasil, independentemente da economia estagnada, neste segundo semestre e mantém previsão de fechar este ano com lucro, o primeiro desde 2005.

 



"A reestruturação foi concluída. Sempre há espaço para ganhos de eficiência, mas o foco agora está na confiabilidade dos serviços junto aos clientes", disse o presidente mundial da TNT, Tex Gunning, em entrevista ao Valor na filial da empresa, em São Paulo. "Vamos crescer este ano, com margens operacionais positivas e lucro líquido", afirmou o executivo, para quem 2015 também será ano de crescimento no Brasil.

O Brasil subiu, entre 2011 e 2014, de sétimo para quinto maior mercado doméstico da TNT no mundo. Apenas Reino Unido, França, Itália e Austrália - onde a TNT nasceu - superam o Brasil. O país está à frente de outros 196 mercados.

Até junho, a TNT Brasil somou receita de € 168 milhões (R$ 520 milhões pela cotação de ontem), 11,3% mais que o apurado em igual período de 2013. O lucro operacional de € 2 milhões no período reverteu a perda de € 14 milhões apurada entre janeiro e junho de 2013. "O Brasil virou exemplo de reestruturação para a TNT no mundo", disse Gunning.

Entre 2005 e 2007, a TNT tentou crescer no Brasil por meio de aquisições, incluindo as compras da Mercúrio e da Araçatuba. A holandesa se tornou a maior do país em transporte de carga expressa. Mas os custos da integração superou os ganhos de sinergia, e a companhia passou a acumular prejuízos por oito anos.

A TNT chegou a colocar a operação brasileira à venda, em 2013, na tentativa de estancar a sangria no balanço consolidado. Mas não encontrou comprador que aceitasse o preço pedido. "Decidimos reestruturar", disse o presidente do grupo, que faturou € 6,7 bilhões em 2013.

A TNT cortou contratos não rentáveis, mudou processos e investiu em tecnologia e infraestrutura para atrair mais clientes de áreas que demandam logística de maior valor agregado, como saúde e alta tecnologia. "Estamos investindo de 2% a 2,5% do faturamento", disse Gunning. "Vamos manter esse padrão".

Este ano, a TNT abriu uma unidade dedicada para a indústria automotiva, e duas novas filiais, em João Pessoa (PB) e Natal (RN), elevando a 126 o número de bases no país. Uma parte do orçamento foi para a renovação de um terço da frota própria, de 1.850 veículos - outros 2,2 mil são terceirizados.

A receita média da TNT por tarefa realizada cresceu 15,2% entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período em 2014. A quantidade média de quilos manuseados ficou estável este ano, em 3 milhões de quilos diários. Mas a receita por quilo transportado diariamente cresceu 10%. A produtividade aumentou. O quadro de pessoal, de 8,4 mil em 2011, soma hoje 7,2 mil.

"A TNT vai seguir crescendo. Conheço o país há décadas. O crescimento sempre foi espiral. Isso não vai mudar. A demanda por logística vai avançar", disse o presidente global da TNT, que descarta voltar a buscar crescimento no país por meio de aquisições. "Aprendemos a lição. Criamos um modelo de expansão orgânica que se mostrou mais eficiente", disse Tex Gunning.



Veículo: Valor Econômico


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