Preços dos alimentos tiveram queda expressiva

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A maior variação foi no preço da batata, de 147,71%

 

Liza Mirella 

A desaceleração da economia brasileira causa prejuízos, mas também pode produzir efeitos positivos, ao menos para o bolso dos consumidores. É o que aconteceu com os preços dos alimentos em Rio Preto, que derrubaram a cotação da cesta básica no mês passado. Em julho, a cesta fechou em queda de 6,55% em relação ao mês anterior, ao valor de R$ 829,83, de acordo com a pesquisa mensal das Faculdades Integradas Dom Pedro 2º, divulgada ontem.

Dos 15 produtos pesquisados, apenas um teve alta em julho, a margarina. O índice foi de 2,34%, motivado pela estiagem, que afetou os preços do leite. Entre as baixas, os destaques foram a batata (-23,42%), tomate (-22,16) e laranja (-12,85). O feijão também teve redução importante, de 10,37%. Em valores, o preço médio do quilo da batata ficou em R$ 2,42, o do tomate foi R$ 3,63 e o da laranja foi R$ 1,12. O preço médio do quilo do feijão foi 7,60%.


Segundo o economista Hipólito Martins Filho, coordenador da pesquisa, a desaceleração da economia está, de fato, ocorrendo. "Houve redução na previsão de crescimento do País, o nível de emprego está em queda, o que derruba a massa salarial e os salários, assim como os juros subiram e o crédito desapareceu. Essa expectativa faz com que as pessoas comprem menos ou mesmo pesquisem e troquem produtos, o que reflete nos preços."

Nos últimos 12 meses, a cesta básica acumula alta de 4,97%, com pico registrado em abril, quando a alta chegou ao recorde histórico de 11%. A redução de julho é a terceira consecutiva. Em junho havia sido de -7,53% e, em maio, de -0,23%. Nesse período, o alimento com maior alta foi o tomate, que sofre influências climáticas fortíssimas, e índice de 53,53%. A laranja também acumula alta relevante, de 36,27%. A maior queda foi no preço do feijão, de 45,29%.


Variações

A variação entre os valores máximos e mínimos da cesta básica foi o menor registrado neste ano: 34%, o que revela uma aproximação entre os preços praticados pelos supermercados. O maior valor foi R$ 995,92 enquanto o menor foi R$ 743,23. "Os preços vão se ajustando num valor de equilíbrio", afirma a professora de estatística Patrícia de Souza Correia Menandro, que também coordena o levantamento.

Entre os alimentos, a maior variação foi no preço da batata, de 147,71%. O quilo pode ser encontrado por valores como R$ 1,53 e R$ 3,79. Outra variação, superior a 100%, foi no preço médio do quilo do tomate, de 100,33%. O produto pode ser encontrado por R$ 2,99 e R$ 5,99. "No curto prazo não há expectativa de alta nos preços, mas isso pode mudar no longo prazo justamente em função de toda essa desaceleração", disse Martins Filho.



Veículo: Diário da Região - S.José do Rio Preto/SP


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