Pesquisa do Procon conferiu os valores cobrados para 31 artigos do uso cotidiano das famílias

Como sempre orientam os órgãos de defesa do consumidor, pesquisar antes de comprar é sempre a melhor decisão para garantir economia no orçamento, visto que a discrepância de preços nos estabelecimentos é geralmente elevada. É assim com os supermercados da Capital, quando se trata de itens de primeira necessidade.

Levantamento realizado pelo Procon Fortaleza mostrou que a variação no preço dos produtos pode chegar a até 86%. O tomate, presente diariamente na mesa do consumidor fortalezense, apresentou a maior diferença de valores nas gôndolas.

O órgão comparou preços de 31 produtos, sendo a maioria deles, 22 ao todo, de alimentação. Outros cinco são de higiene pessoal e os quatro restantes de limpeza doméstica. Foram pesquisados 10 supermercados de redes diferentes e de bairros diversos de Fortaleza, tendo a consulta sido realizada entre os dias 10 e 12 de março.

Casos e valores

No caso do tomate, o menor preço foi encontrado no Super do Povo, no Conjunto Ceará, a R$ 2,68 o quilo. Já o maior preço estava no Hiper Bompreço do bairro Alagadiço, a R$ 4,98. O segundo produto com maior variação foi a cebola, que estava a R$ 1,58 no Cometa, no José Walter, enquanto no Super Lagoa, no Centro, encontrava-se por R$ 2,89, uma diferença de 83%. O item com menor variação entre os 31 avaliados foi o café em pó, com uma discrepância de 13%.

Além dos preços individuais de cada produto, a pesquisa também apresentou o custo final para a compra dos 31 itens entre os estabelecimentos comerciais.

O Pão de Açúcar (Avenida Santos Dumont, 1169) registrou o maior preço, fechando em R$ 126,60. Os mesmos itens poderiam ser adquiridos por R$ 109,74, valor 15,36% mais em conta, no Extra do Shopping Iguatemi, supermercado que apresentou o menor preço para o pacote. O Procon constatou também que o Assaí do Otávio Bonfim e o Extra do Iguatemi apresentaram a maior quantidade de produtos abaixo ou igual ao preço médio. Ambos registraram 21 itens como os mais baratos entre os 31 da pesquisa.

A reportagem procurou a Associação Cearense de Supermercados (Acesu) para ouvir sobre estas disparidades, mas, até o fim da edição, não houve um posicionamento da assessoria de imprensa da entidade.

Pesquisa bimestral

O coordenador geral do Procon Fortaleza, George Valentim, informa que esta é a primeira vez que o órgão realiza esta pesquisa e declarou ter se impressionado com a discrepância entre os produtos. "Esta pesquisa funciona como mais um instrumento nas mãos do consumidor, para facilitar e alertá-lo para a importância de se pesquisar antes da compra". O levantamento pode ser acessado no www.Fortaleza.Ce.Gov.Br/procon. Segundo Valentim, a ideia é realizar a pesquisa bimestralmente. Para a próxima, deverão ser visitados 35 produtos e 15 supermercados.



Veículo: Diário do Nordeste