Guido Mantega busca maior consumo

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, continua a apostar no aumento do crédito ao consumidor para acelerar o ritmo de crescimento do país. O tema deverá constar da pauta da reunião desta segunda-feira (17) com representantes do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) no gabinete do ministro em São Paulo.

Iinstrumentos tradicionais de ampliação do crédito no país, os bancos públicos, enfrenta limitações atualmente. O volume de empréstimos está crescendo com velocidade superior à dos bancos privados, sobretudo os estrangeiros. Em seu conjunto, as instituições estatais já detêm mais de 50% do crédito total do país, incluindo o que é destinado a empresas que investem.

Além de o crescimento do setor oficial incomodar o sistema financeiro privado, há o aspecto fiscal. No ano passado, a Caixa Econômica Federal precisou de capitalização de R$ 8 bilhões do Tesouro Nacional para participar do programa Minha Casa Melhor, que permitiu a pessoas de baixa renda beneficiadas com a casa própria comprar eletromésticos.

Uma das preocupações do governo nessa área é com o risco de rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco. O tema poderá entrar em pauta em outro encontro que Mantega terá hoje em seu escritório na sede do Banco do Brasil (BB), em São Paulo: às 18h, ele receberá o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew. Após a conversa, ambos farão um pronunciamento.

Por mais que decida, eventualmente, limitar a ação dos bancos estatais, porém, Mantega continua contando com eles. Monitora constantemente o volume de empréstimos do BB. Quando o montante cai, ele liga. “Será que vocês não estão com taxas muito altas?”, indaga. A dúvida é uma ordem polida. Significa algo do tipo “cobrem juros mais baixos”. Na Caixa, onde sua influência é menor, ele fez o inverso no fim do ano passado. Ligou para o presidente da instituição, Jorge Hereda, e determinou a contenção dos empréstimos a empresas. Assim foi feito.

Na época, o ministro julgou necessário um ajuste. A Caixa, cuja propriedade é integralmente do governo federal, seguiu a diretriz de ampliar o crédito. Mas exagerou na dose, expondo-se excessivamente ao risco, além de ocupar espaços de bancos privados e do próprio BB. Esse tipo de atuação detalhista é algo típico de Mantega.



Veículo: Diário de Pernambuco


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