Esquema especial vai substituir área de embalagens, destruída pelo fogo
Nem o incêndio que consumiu parte de sua fábrica de queijos em Vacaria abalou a disposição empreendedora de Raul Anselmo Randon. O empresário de 84 anos, que está mais dedicado à área de alimentos do que à administração do Grupo Randon, já faz planos para retomar a produção.Um dos argumentos de Randon para encarar com relativa tranquilidade o incidente é a experiência de quem já enfrentou esse tipo de problema em circunstâncias mais desfavoráveis, e conseguiu superar:
– Meu irmão e eu começamos a trabalhar em 1949 e, em 1951, um incêndio destruiu nossa oficina. Estou escaldado. São coisas da vida.Ontem, dois dias depois do incêndio da unidade láctea da Rasip, estava sendo montado esquema especial para garantir o abastecimento dos clientes. Segundo Randon, só a parte de embalagens foi destruída:
– Tem de fazer tudo de novo, mas tudo bem, estava segurado. Vamos ter que reconstruir, colocar máquina nova, isso vai demorar uns seis meses. Mas acho que nesta semana já estamos produzindo de novo. A fábrica de queijo não foi atingida.A unidade afetada pelo fogo faz parte da Rasip, que é de Randon mas não integra o grupo de empresas que produz reboques de caminhões.
Na edição de domingo, ZH publicou entrevista especial com Raul Randon, em que ele comentava um dos episódios que entrou para a história empresarial do Estado e faz parte da origem da queijaria: a importação de novilhas dos EUA, transportadas via aérea até o Rio Grande do Sul.
– Fui aos EUA e comprei 65 novilhas com a garantia de produção média de 30 litros por dia. Aí comprei outro avião (de novilhas) de 35 litros por dia. Foi engraçado assistir às vacas descendo do avião na chegada a Porto Alegre – relembrou Randon.
Veículo: Zero Hora - RS