Consumidores ainda preferem financiar com cartão de crédito

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Só 25% das compras são à vista

Balanço do Crédito do Comércio Varejista de Belo Horizonte realizado pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio), referente a dezembro do ano passado, confirmou a percepção dos lojistas nos últimos anos. O parcelamento continua a ser o meio preferido dos consumidores, respondendo por 75% das compras. Somente 25% são feitas à vista.

Entre as formas de parcelamento, mantém-se na liderança o cartão de crédito, representando 82% do total. O cheque pré-datado respondeu por apenas 8% das compras. Já a participação do cartão de crédito próprio foi de 7%; e a do boleto, 2%. Nada menos que 91% dos comerciantes disseram que não aceitam cheques, como meio de evitar a inadimplência.

Na avaliação do analista econômico da Fecomércio, Juan Moreno, esse resultado já era esperado, considerando uma tendência de aumento do uso do cartão de crédito no país, verificado desde 2003. Esse incremento, segundo ele, é resultado de maior acesso ao crédito, sobretudo a camadas sociais antes excluídas do mercado bancário, com as classes C e D, e também à comodidade. " um empréstimo, de fácil uso", pontua, lembrando dos riscos do endividamento, com juros de cerca de 10% ao mês.

Para os comerciantes, indica, a melhor alternativa seria o recebimento em dinheiro, que garantiria o capital de giro em tempo mais breve e sem a necessidade de pagamento da taxa de administração para as administradoras, de cerca de 4% do valor da compra. No entanto, como somente 25% optam pelo pagamento à vista, a preferência de parcelamento continua sendo o cartão de crédito.

Em janeiro de 2012, 73% dos consumidores optavam por cartão de crédito, entre todas as modalidades de parcelamento. Esta participação cresceu nos últimos meses, mantendo-se em patamares como o verificado em dezembro, de 82%. Em julho de 2013 chegou a 87%. Em contrapartida, tem caído a participação dos cheques predatados. A sondagem mostrou que em dezembro respondeu por 8% das compras parceladas, recuando em relação a novembro, com 10%, e outubro, com 12%.

Essa queda no uso de pré-datados reflete o comportamento do lojista, que tem escolhido meios mais seguros de realizar vendas. Entre as ações listadas para evitar a inadimplência, a recusa em aceitar cheques é predominante, com 91% das indicações. A utilização de cadastro de clientes representou 7% das respostas, enquanto a capacitação de colaboradores ficou em 1% e a preferência aos cartões de crédito, 1%.

A recusa em aceitar cheques começa a se mostrar como tendência. Em novembro representava 85%; em outubro, 87% e, em setembro, 90%. Em junho deste ano, esta ação respondia por apenas 77%. O número de cheques devolvidos também tem caído, ficando em 1% em dezembro do ano passado. Em dezembro de 2012, era de 2%. Em novembro daquele ano, ficou em 4% e, em janeiro também de 2012, ficou em 3%.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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