Tomate tem superprodução

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Clima adequado alavancou a produtividade da fruta e a oferta está superior à demanda .

O período de colheita da segunda parte da safra de inverno de tomate em Minas Gerais está impactando nos preços pagos pelo produto. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), apesar da manutenção da área, o clima adequado alavancou a produtividade da fruta e a oferta está superior à demanda. No Estado, a caixa de 25 quilos do produto é negociada em torno de R$ 15, no primeiro semestre o mesmo volume foi comercializado em média a R$ 38, queda de 60,5%.

Segundo o extensionista Agropecuário da Emater - unidade Araguari, Alberto José de Almeida, o tomate na região é plantado ao longo de todo o ano, porém devido ao clima mais favorável, com chuvas mais distribuídas, os meses de setembro e outubro são os de maior produção, o que contribui para a queda dos preços.

"Este ano os produtores mantiveram a mesma área de produção, o diferencial foi o clima que ajudou ampliar a produtividade e a qualidade final do tomate. A queda nos preços já era esperada pelos produtores e não deve interferir na atividade, uma vez que no início do ano os preços bateram recordes, o que capitalizou os envolvidos na atividade", diz Almeida.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a produção de tomates em Minas Gerais deve encerrar 2013 com volume de 405,6 mil toneladas. A área plantada será de 6,4 mil hectares, com produtividade de 63,2 toneladas por hectare.

O principal município produtor é Araguari, com produção anual de 38,8 mil toneladas, área plantada de 457 mil hectares e produtividade média em torno de 85 toneladas por hectare.

Colheita -
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os produtores do Sul de Minas Gerais e de Paty do Alferes, no Rio de Janeiro, começaram, em setembro, a colher a segunda parte da safra de tomate de inverno.

As duas regiões devem colher até o fim de dezembro cerca de 5,7 milhões de pés. Somando-se às outras regiões desta parte da safra de inverno, Sumaré (SP) e Norte do Paraná, que iniciam a colheita em outubro, 10,8 milhões de pés devem ser cultivados para a temporada, aumento de 2,8% em relação à safra anterior (2012).

Segundo os pesquisadores do Cepea, este aumento foi motivado pelos bons preços que se estenderam desde a temporada de inverno do ano passado até a safra de verão 2012/13. De acordo com os produtores consultados pelo Cepea, as lavouras não tiveram grandes complicações durante o período de desenvolvimento e devem apresentar bom rendimento neste período de safra.

O pico da colheita desta safra deve ocorrer em novembro, quando serão colhidos os frutos equivalentes a 4,2 milhões de pés, o que representa 39% da quantidade total da temporada.

Ainda segundo os dados do Cepea, após início de safra com preços em patamares atrativos para os produtores, o fruto desvalorizou mês a mês, chegando a níveis inferiores aos do custo de produção em julho.

Nas lavouras de Araguari, Paty do Alferes, Mogi Guaçu (SP), Sumaré (SP), São José de Ubá (RJ) e Norte do Paraná, o preço médio do fruto foi de R$ 15,45 por caixa. No mesmo período, o valor mínimo estimado pelos produtores para cobrir os gastos com a produção foi de R$ 15,54 por caixa.

Do início da safra, em março, até junho, a rentabilidade para os produtores foi positiva. Neste período, o preço médio ponderado foi de R$ 38,88 por caixa, valor 98% superior ao mínimo estimado pelos produtores para cobrir os custos de produção no período, que é de R$ 19,64 por caixa.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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