Cesta básica de Porto Alegre recua 7,06% em julho, aponta Dieese

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Consumidor precisou desembolsar R$ 305,91 no mês passado para poder comprar os 13 itens essenciais

Após ficar conhecido como o vilão dos preços nos últimos meses, tomate caiu 45,63%

A cesta básica de Porto Alegre apresentou queda de 7,06% no mês de julho, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Após dois meses seguidos de alta, os gêneros alimentícios passaram de R$ 329,16 em junho deste ano para os atuais R$ 305,91, mesmo com o aumento de 3,92% verificado no ano.

Na avaliação mensal, sete dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos registraram queda, com destaque para os produtos in natura, em especial o tomate, com queda de 45,63% no mês. Em sentido inverso, seis produtos tiveram alta mensal, sendo as maiores variações no leite (6,91%) e na farinha de trigo (5,07%).

A economista do Dieese do Rio Grande do Sul, Daniela Sandi, destaca que o leite teve a alta mais expressiva no mês devido à entressafra e aos recentes escândalos de adulteração. A economista lembra ainda que Porto Alegre foi a capital com a terceira maior queda de preço entre as 18 cidades pesquisadas pelo instituto - atrás apenas de Brasília (-8,86%) e Florianópolis (-7,61%). Além disso, a Capital teve a segunda menor alta em 12 meses (1,98%), atrás apenas de Belo Horizonte (1,81%) e seguida de Brasília (3,22%).

Este foi o primeiro mês desde maio de 2007 – quando a pesquisa levava em conta apenas 16 municípios - em que todas as capitais pesquisadas apresentaram queda no preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais. “A diminuição do preço destes produtos considerados essenciais nas principais capitais do País beneficia justamente as famílias de baixa renda, que realmente não têm acesso a muito mais produtos do que estes”, lembra Daniela.

O valor da cesta básica da Capital representou 49,04% do salário-mínimo líquido em julho, contra 52,77% em junho de 2013 e 52,42% em julho do ano passado. Desta forma, o trabalhador com rendimento equivalente a um salário-mínimo necessitou em julho cumprir uma jornada de 99h16min para adquirir os bens alimentícios básicos. Esta jornada é menor do que foi necessário em junho de 2013 (106h48min) e em julho de 2012 (106h06min).

A previsão de Daniela de é que em agosto a cesta básica sofra com a provável alta dos alimentos hortifrutigranjeiros, em especial do tomate e da batata. Para a economista, “o frio e a geada verificados nas últimas semanas podem impactar nos preços dos produtos e gerar uma alta da cesta básica”.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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