Hypermarcas já estuda repasse nos preços devido à alta do dólar

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A Hypermarcas - conglomerado brasileiro com atuação nos segmentos de beleza, farmacêutico, higiene e limpeza - já pensa em repassar para os preços o aumento dos custos com matérias-primas para seus produtos. Ontem, a empresa informou que a valorização do dólar obrigará a tomar a atitude no quarto trimestre deste ano.

A informação foi divulgada pelo presidente Claudio Bergamo durante teleconferência de resultados com analistas. Segundo o executivo, a companhia ainda tem estoque para atender a demanda do terceiro trimestre com os preços atuais, o que deve mudar no último trimestre de 2013.

"Temos um bom estoque, mas, do quarto em diante, teremos de repassar o aumento para o mercado", explicou Bergamo. De acordo com ele, os preços das fraldas estarão entre os mais afetados.

Para o diretor financeiro da Hypermarcas, Martim Mattos, o aumento do dólar é um dos pontos mais críticos para o restante do ano.

"Essa questão nos preocupa. Por isso, estamos acompanhando de perto as variações no câmbio para realizar a mudança no momento adequado", disse. A estabilização da produção na unidade fabril de Senador Canedo (GO) é outro foco de atenção da empresa.

No começo deste ano, a companhia deu início ao processo de integração da unidade, responsável, agora, pela produção dos itens que compõem o setor de beleza e higiene pessoal.

A Hypermarcas registrou um aumento de 11,7% na receita líquida do segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 1,06 bilhão.

Já o lucro líquido da empresa atingiu a marca dos R$ 19,3 milhões revertendo a perda de R$ 29,9 milhões contabilizada em 2012. O Ebitda ajustado também teve resultado positivo, atingindo R$ 258 milhões, montante recorde desde a abertura de capital da companhia.

Segundo Bergamo, o melhor desempenho observado no segundo trimestre, ficou com a divisão de Farma, que apresentou crescimento de 13,3% nas vendas, somando R$ 601,2 milhões.

Enquanto isso, a divisão de Consumo apontou um aumento de 9,8% nas vendas, contabilizando R$ 467,9 milhões. De acordo com Bergamo, a divisão Farma também fechou o segundo trimestre com um recorde de 8,9% no market share.



Veículo: DCI


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