Área de adubos especiais em expansão

Leia em 1min 50s

Na esteira da expansão agrícola brasileira, o mercado brasileiro de fertilizantes especiais cresceu a uma taxa anual de 15%, em volume e faturamento, nos últimos três anos e deverá manter esse ritmo nos próximos anos, conforme Clorialdo Roberto Levreiro, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo).

A entidade representa 65 empresas de adubos orgânicos, organominerais, foliares, condicionadores de solo e substratos. Nas últimas décadas, com um salto em genética -variedades mais produtivas e resistentes a doenças- e o desenvolvimento tecnológico de outros insumos, como defensivos e máquinas, agora é a nutrição que faz a diferença, observam representantes do segmento. As quantidades demandadas pela planta variam conforme o nutriente. Assim, na ausência de um elemento a planta não cresce normalmente e nem se reproduz.

Nos últimos cinco anos, a adoção desse tipo de tecnologia de nutrição vegetal aumentou de forma significativa no Brasil diante da necessidade de se elevar a produtividade agrícola, lembra Franco Borsari, do conselho técnico da Abisolo e diretor da consultoria BBAgro Global.

Dependendo da cultura e das condições das lavouras, os ganhos com os micronutrientes e outros adubos especiais são significativos. De acordo com pesquisa realizada pela empresa Ítale, o uso desses produtos na cultura da soja pode promover ganhos de produtividade entre 8% e 25%. A soja ainda é o carro-chefe do ramo.

A Abisolo ainda não dispõe de números precisos sobre o segmento no país. Por isso, realiza com o Ministério da Agricultura um levantamento sobre o mercado. A expectativa é obter os dados em seis meses. Já a consultoria BBAgro Global estima que o segmento de fertilizantes foliares e via sementes teve vendas brutas de R$ 2 bilhões no país em 2012. Para 2013, o faturamento deve alcançar R$ 3 bilhões, incluindo os produtos com aplicação pelo solo.

Neste ano, o mercado deve representar 194 milhões de litros de adubos especiais e alcançar 288 milhões de litros em 2022, quase 50% de aumento. Cerca de Vinte por cento desse crescimento virá do maior volume usado por quem já adota a tecnologia e 28% pelo aumento de adoção da tecnologia, conforme a BBAgro Global. Há grande interesse, principalmente por parte de empresas europeias, em participar desse mercado no Brasil.



Veículo: Valor Econômico




Veja também

'Janela' aberta para venda de soja brasileira da safra 2013/14

A esperança dos produtores brasileiros de que a forte disparada nos preços da soja no ano passado possa se...

Veja mais
China testa limite do atual 'superciclo' das commodities

A fase de alta do "superciclo" das commodities pode ter chegado ao fim para os mercados agrícolas. Com a desacele...

Veja mais
Investidores se ajustam ao fim do superciclo das commodities

Os investidores estão acumulando perdas à medida que uma década de alta no preço das commodi...

Veja mais
Grupo Sanofi troca de comando no Brasil

O presidente da Sanofi para o Brasil e América Latina, Heraldo Marchezini, deixou o comando da companhia, segundo...

Veja mais
Cenário difícil no setor de eletrodomésticos: No cenário do 2º semestre, demissões

As fabricantes de eletrodomésticos e eletroeletrônicos tiveram um primeiro semestre difícil e a pers...

Veja mais
Nelson Peltz busca apoio para unir Mondelez à PepsiCo

O discurso bombástico e os trejeitos engraçados de um agitador não fazem o gênero de Nelson P...

Veja mais
Uso de cartão na Argentina aumenta após promoções

Comprar com cartão de crédito na Argentina pode sair até 30% mais barato do que pagar à vist...

Veja mais
Para empresários, medida é insuficiente para tornar indústria mais competitiva

Os setores de móveis e transporte (autopeças, ônibus e naval) apresentaram o maior aumento das impor...

Veja mais
Cafeicultores e governo discutem apoio ao setor

Representantes do Conselho do Café e da Confederação Brasileira da Agricultura e Pecuária (C...

Veja mais