Diploma triplica salário de trabalhador

Leia em 2min

Profissional com curso superior ganhou R$ 4.135 em 2011, diz IBGE

Salário cresceu 8,7% acima da inflação entre 2008 e 2001; homens ganharam 26% mais do que as mulheres

Num cenário de baixo desemprego e dificuldade para preencher vagas que exigem qualificação, o profissional com diploma consegue ganhar duas vezes mais do que o sem curso superior.

A diferença média de salário entre os brasileiros com graduação e os que não têm era de 219,4% em 2011, segundo dados do Cadastro Central de Empresas, divulgados ontem pelo IBGE. Em 2009, essa diferença era de 225%.

Trabalhadores com nível superior recebiam, em média, R$ 4.135 por mês naquele ano (último dado disponível), enquanto que os demais tinham um salário médio de R$ 1.295.

Havia, porém, um contingente muito maior de empregados sem graduação --pouco mais de 8 a cada 10 das pessoas ocupadas em empresas e entidades afins.

A pesquisa reuniu 5,1 milhões de empresas, organizações públicas e ONGs de todo o país.

De acordo com Denise Guichard, gerente da pesquisa do IBGE, o elevado percentual de empregados sem nível superior se deve, principalmente, ao fato de os serviços terem ampliado sua participação na atividade econômica brasileira. O setor, em geral, demanda profissionais menos qualificados.

"O comércio se manteve pelo segundo ano consecutivo como o segmento que mais gerou empregos formais no país. Esse tipo de atividade costuma contratar gente com menor nível escolaridade e, por isso, o percentual elevado nessa categoria", afirmou.

No quesito remuneração, os homens continuam ganhando mais do que as mulheres, com uma diferença de 25,7% a favor deles em 2011.

Pelos dados do IBGE, o salário médio do brasileiro cresceu 8,7% acima da inflação entre 2008 e 2011. No período, foram gerados 6,8 milhões de postos de trabalho nas empresas.

Em 2011, o comércio foi o setor que mais absorveu mão de obra. Quase 2 entre cada 10 empregados estavam ocupados nessa atividade. Em seguida, vinham a indústria e a administração pública.

SALÁRIO DESIGUAL

Os salários mais altos foram registrados pelos setores de eletricidade e gás (R$ 5.568 ao mês em 2011) e financeiro (R$ 4.214). Já as piores remunerações ficaram com os setores de alojamento e alimentação (R$ 859) e atividades administrativas (R$ 1.110).

As duas primeiras são áreas que exigem mais qualificação e empregam mais profissionais de nível superior.

As duas últimas, por sua vez, são do setor de serviços e demandam menor grau de formação escolar, absorvendo mais mão de obra sem curso superior.



Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Pague Menos planeja lojas nos EUA

Rede cearense de farmácias, do empresário Deusmar Queirós, faz planos de abrir a primeira unidade n...

Veja mais
Protecionismo é entrave ao comércio bilateral

O protecionismo é o principal entrave à expansão do comércio entre Brasil e Índia --a...

Veja mais
Índia vira o 'mercado do futuro' para exportador

Investimentos em infraestrutura devem atingir US$ 1 trilhão até 2017Até 2020, consumo de aço...

Veja mais
Transporte Seguro

O setor de cloro e soda reduziu em 90% o número de acidentes no transporte de produtos nos últimos oito an...

Veja mais
Anvisa permite troca em fila de registro de novos medicamentos

A fila de medicamentos à espera de registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitári...

Veja mais
Danbel investe para diversificar seu mix

Aporte em maquinário é de R$ 200 mil.Há quase 25 anos no mercado, a Danbel Indústria e Com&e...

Veja mais
Brasil Kirin aumenta uso de transporte marítimo

A Brasil Kirin, terceira maior fabricante de cerveja do país com marcas como Nova Schin e Devassa, está su...

Veja mais
Safras reduz estimativa de soja do Brasil para 82,336 mi de toneladas

A produção brasileira de soja na temporada 2012/2013 deverá totalizar 82,336 milhões de tone...

Veja mais
Mercado de trabalho dá sinais de acomodação

A taxa de desocupação atingiu 5,8% em abril, pouco acima dos 5,7% registrados em março, segundo os ...

Veja mais