Desconto no imposto sobre extratos terá impacto local, estima Sindifrutas

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Sindicato da Indústria de Frutas e Derivados do Pará (Sindifrutas) ainda não calculou os impactos que a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre extratos concentrados de sementes de guaraná, açaí e sucos de frutas destinados à fabricação de refrigerantes e refrescos pode gerar no setor. O decreto foi publicado esta semana no Diário Oficial da União pelo Governo Federal e prevê a redução de imposto de 50% para extratos de sementes de guaraná e açaí.

"A medida ainda é muito recente. Ainda vamos analisar, mas os impactos serão locais, já que não se paga imposto para exportar por causa da Lei Kandir", afirmou a presidente do Sindifrutas, Solange Mota.

Metade da produção de açaí do Pará é consumida no próprio Estado. De acordo com o gerente de fruticultura da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Geraldo Tavares, o grande impasse ainda está na produção, que não consegue atender a demanda. Segundo ele, só em Belém são consumidas, anualmente, 300 mil toneladas da polpa de açaí. A capital concentra três mil batedores do fruto. É quase metade do número de batedores do Estado: sete mil. "Para aumentar a produção a Sagri investe na distribuição de sementes melhoradas pela Embrapa. Mais de 19 mil toneladas de sementes já foram distribuídas entre os anos de 2008 e 2012", afirmou, destacando que a capacitação dos produtores também é feita a partir do Programa Estadual de Qualidade do Açaí. "O Programa beneficia vários pontos da cadeia."

No Pará, o decreto publicado pelo Governo Federal terá maior impacto na venda do açaí, já que a produção de guaraná, de acordo com a própria Sagri, ainda é inexpressiva no Estado. A secretaria informa que a exportação do açaí também já tem números consideráveis. No ano passado, foram 6 mil toneladas vendidas para fora do Brasil. Quantidade que representa US$ 17,2 milhões. A maior parte do que é exportado vai para os Estados Unidos, que compram 79% do açaí exportado pelo Pará. O segundo maior mercado fora do país é o Japão, que compra 14%. No mercado nacional, o Pará vende anualmente cerca de 40 mil toneladas de polpa de açaí.



Veículo: O Liberal - PA


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