Estado inicia vendas para a Ásia

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Empresa de Patrocínio faz parceria com trading japonesa Itochu Corporation.

O Dia Nacional do Café é comemorado hoje e não faltam motivos para celebração. Durante os últimos 150 anos, o Brasil se mantém como o maior produtor do grão, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também afirma que um terço do café consumido mundialmente é brasileiro. Isso se deve à qualidade dos grãos aqui produzidos e de parcerias como a firmada este mês entre o Grupo Montesanto Tavares Participações e a trading japonesa Itochu Corporation. As duas empresas criaram uma nova exportadora de cafés: a Cafebrás - Cafés do Brasil S/A. A premissa é de que a parceria possibilite a promoção das origens produtoras brasileiras na Ásia e proporcione a interação entre indústria e produção.

A necessidade de criação da empresa, que tem sede em Patrocínio, no Cerrado Mineiro, surgiu diante das novas exigências e oportunidades do mercado mundial de cafés, tendo como foco os países asiáticos, entre eles, Japão, China, Taiwan, Indonésia e Vietnã, que hoje apresentam altas taxas de crescimento de consumo de café.

De acordo com o vice-presidente da Atlântica Participações (uma das empresas do Grupo Montesanto Tavares), Rogério Schiavo, tanto a Itochu quanto o Grupo Montesanto Tavares tinham o interesse em entender como funcionam os negócios do outro lado. Apesar de já terem modelos de parcerias com empresas exportadoras de café em países como Guatemala e El salvador, a Itochu quer conhecer o mercado brasileiro, entender como se dá a formação de preço, as questões fiscais e os requisitos para atuar no local. Por outro lado, o Montesanto Tavares, tem todo este knowhow, porém, pretende se fortalecer na Ásia. "Somos um grupo sólido e com atuação mundial, no entanto, devido às questões geográficas e de logística, ainda não atuamos no mercado asiático por completo. Já exportamos para o Japão e Coreia do Sul, mas pretendemos chegar aos demais países e, esta expansão será mais viável por meio de um interlocutor local, no caso, a Itochu. Esta joint venture tornou-se viável graças ao emprenho dos executivos Yutaka Katakura e Shinya Tanaka, que vislumbraram as oportunidade e sinergia da parceria desde o início das negociações", diz.

Além da troca de experiências entre as empresas, a Cafebrás surge com o objetivo de suprir as demandas da Ally - Brazilian Coffee Merchant, empresa do Grupo Montesanto Tavares, especializada em cafés especiais, com sede na Flórida e filial na Califórnia (EUA).

Com sede em Patrocínio, no Triângulo Mineiro, a Cafebrás já nasce fortalecida, com as duas grandes empresas (Montesanto Tavares e Itochu) atuando em sua base. "Já contamos com 15 funcionários, budget de exportação de 180 mil sacas de café em 2013 e negócios realizados para este ano e para 2014", conta o diretor Geraldo Eustáquio Miranda. Além disso, ele adianta que a expectativa é que, em até cinco anos, a Cafebrás alcance a Atlântica em receita e em volume de exportação.


Atuação - A Cafebrás tem como foco exportar o café beneficiado, genuinamente mineiro. Para se ter uma ideia, o Cerrado Mineiro, reconhecido como um dos mais importantes polos de produção de café de alta qualidade, produz cerca de 6 milhões de sacas de café ao ano, quantidade bastante elevada, considerando que, em todo o Brasil, são produzidas, aproximadamente, 50 milhões de sacas.

Porém, o Norte de Minas tem apresentado grande potencial para produção de cafés de alta qualidade e com boa produtividade. "Estamos descobrindo que a região reúne condições espetaculares para a produção de café, onde temos altitude em áreas planas, ideais para mecanização", explica Rogério.

Ele conta que todos os tipos de café exportados pelas empresas do Grupo Montesanto Tavares, como a Atlântica, a Ally e agora a Cafebrás passam por processo de rebeneficiamento, preservando suas características peculiares de aroma, sabor e textura. "Conferimos garantia de procedência ao café, graças às condições ideais para o bom desempenho das lavouras. Poucas regiões no mundo contam com solo propício, temperatura ideal e altitude adequada como Minas. Por isso, o Estado é o maior produtor do país, responsável por mais de 50% da produção nacional", afirma o executivo.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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