Hortaliças e legumes puxam alta de preços nas feiras livres de Niterói

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Os alimentos continuam a puxar a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desse grupo passou de 1,03% em dezembro para 1,99% em janeiro, de acordo com dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hortaliças e legumes são os destaques. A maior alta foi a do tomate (26,15%), seguido da batata-inglesa (20,58%), da cebola (14,25%), das hortaliças (10,86%) e da cenoura (9,83%). O consumidor sente no bolso a elevação dos preços. O quilo do tomate está saindo por R$ 6 nas feiras livres de Niterói.

“O tomate está muito caro. Está ficando difícil. Vamos ter que começar a abrir mão dele”, admitiu a dona de casa, Ana Paula dos Reis, de 43 anos.

O quilo da cebola já está custando R$ 4. O preço é o mesmo da cenoura e do chuchu. A abobrinha está saindo por R$ 3. De acordo com Eulina Nunes dos Santos, gerente de pesquisa de preços do IBGE, problemas climáticos e aumento do consumo estão levando à disparada dos preços.

“A inflação foi mais espalhada em janeiro. No caso de alimentos, a alta foi generalizada devido a problemas climáticos que afetaram algumas lavouras e à continuidade de uma alta que vinha de dezembro. Existe também a questão da demanda, a classe C consumindo mais propicia que os reajustes sejam repassados”, afirmou Eulina.

Já o preço do brócolis está em torno dos R$ 2 nas feiras da cidade. O presidente do Ceasa do Rio de Janeiro, Leonardo Brandão, diz que a alternativa para os consumidores é substituir os alimentos caros ou em falta por aqueles que estão na época ou mais em conta.

“Estamos com dificuldade em relação ao brócolis, que só vai começar a aparecer nos próximos meses. É preciso trocar esses alimentos por outros. A opção é o espinafre ou a couve, que está entrando na época agora, aconselha”.

O espinafre está saindo por R$ 1, mesmo preço da couve-flor crespa. Outro preço que está em alta é o do aipim, que está saindo por R$ 4. As opções seriam as batatas inglesa e doce, diz Brandão. No entanto, ambas estão saindo por R$ 3 nas feiras.

O presidente do Ceasa diz que, em 2013, ao contrário dos anos anteriores, as chuvas estão afetando menos as áreas de plantação das folhas no Rio. Em São Paulo, no entanto, está ocorrendo o contrário. As chuvas estão castigando o estado.

“As chuvas atingiram mais a região Sul Fluminense, onde não há plantações e por isso este ano os preços não foram afetados”, constata Brandão.

Frutas – O presidente do Ceasa conta que alguns tipos de banana também estão difíceis de encontrar, caso da prata e da nanica, que estão custando R$ 3. Já a banana d’água está saindo por R$ 2. Para Brandão, o destaque é a manga. Segundo ele, a fruta fugiu do padrão porque “a safra veio muito boa, com muita quantidade e o preço caiu. Os comerciantes estão ganhando no volume”. O feirante José Luiz Jesus Alves confirma.

”A manga está demais. Está barata e saindo muito. Mas é bom aproveitar porque já está acabando a época dela. A partir de março deve começar a ficar mais cara”, diz o feirante.

Outras frutas que estão na época boa, conta Brandão, são a melancia e o limão. A primeira está saindo por
R$ 1,99 o quilo. Já a segunda fruta foi encontrada nas feiras da cidade por R$ 2 o saco, com oito unidades.

 

Veículo: O Fluminense - RJ


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