Sem câmbio, vendas da Whirlpool crescem 14% na América Latina

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A conversão entre o real e o dólar americano minou as vendas da Whirpool na América Latina para US$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2012. O aumento obtido de 1% sobre igual período de 2011 seria de 14% sem os efeitos cambiais provocados pela valorização da moeda brasileira, pois a dona das marcas Brastemp e Consul elevou volumes, preços e melhorou o mix de produtos na região.

A companhia americana também recebeu menos benefícios fiscais no Brasil. Foram US$ 15 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, de US$ 59 milhões em igual período de 2011. O lucro operacional caiu 13,5%, de US$ 155 milhões para US$ 134 milhões, na comparação entre os trimestres. Mas, em base ajustada - se efeitos não recorrentes - subiu 24%, para US$ 119 milhões.

A oferta dos produtos e os preços praticados mais que compensaram os custos maiores com matérias-primas na região, afirmou a Whirlpool em seu balanço. A expectativa é que as entregas cresçam de 3% a 5% na América Latina em 2013, na comparação anual.

A receita líquida da companhia diminuiu 2,4% entre outubro e dezembro, ficando em US$ 4,79 bilhões, devido principalmente a efeitos cambiais e benefícios fiscais menores no Brasil.

O lucro líquido atribuído aos acionistas da Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, caiu 40,5% no quarto trimestre, para US$ 122 milhões. A última linha do balanço havia somado US$ 205 milhões um ano antes.

A última linha do balanço foi reduzida por um encargo fiscal de US$ 46 milhões, ante um benefício de US$ 83 milhões em igual período de 2011.

Já a margem bruta subiu 14%, para US$ 812 milhões, por causa de aumentos de preço, melhora no mix de produtos e iniciativas para diminuir despesas e elevar a produtividade.

A queda de US$ 16 milhões nos custos com reestruturação no trimestre, para US$ 62 milhões, foi compensada na mesma medida por maiores despesas com vendas e despesas administrativas e gerais, que atingiram US$ 485 milhões. O lucro operacional somou US$ 258 milhões, de US$ 205 milhões em igual período de 2011.

O faturamento na América do Norte caiu 3%, para US$ 2,5 bilhões, do quarto trimestre. O lucro operacional consolidado avançou 15,3%, para US$ 233 milhões, ajudado por aumentos de preços e cortes de custos. A projeção é crescimento entre 2% e 3% nos entregas no 2013.

Na região da Europa, Oriente Médio e África, as vendas caíram 6,4%, para US$ 794 milhões. A empresa conseguiu reverter o prejuízo operacional de US$ 32 milhões no quarto trimestre de 2011 com ganhos de US$ 8 milhões nos últimos três meses do ano passado. A empresa estima estabilidade nas entregas durante 2013.

Na Ásia, a receita da Whirlpool atingiu US$ 203 milhões no trimestre, alta de 1,5% ante igual período de 2011. O lucro operacional passou de US$ 2 milhões para US$ 7 milhões, segundo a mesma base de comparação. As entregas devem subir de 3% a 5% neste ano, estima a companhia.

Após atingir lucro por ação de US$ 5,06 em 2012, a companhia projeta ganhos de US$ 9,80 a US$ 10,30 em 2013. Em uma base ajustada, que exclui taxas de reestruturação, créditos tributários no Brasil e créditos fiscais de energia nos Estados Unidos, o lucro líquido ficou em US$ 2,29 por ação em 2012 e ficaria entre US$ 9,25 e US$ 9,75 neste ano, segundo previsão.



Veículo: Valor Econômico


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