Setor têxtil quer regime especial de tributação

Leia em 1min 40s

Acuada pela falta de competitividade em relação aos importados, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) procurou ontem o governo para pedir um regime específico de tributação para roupas e confecções.

O presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, se reuniu com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para pedir "urgência", com adoção do regime ainda no primeiro trimestre deste ano. Apesar de beneficiado pela desoneração da folha de pagamento, o setor demitiu no ano passado e continua perdendo mercado.

Segundo o empresário, haverá um novo encontro entre representantes do setor com representantes dos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento nos próximos dias para debater mais profundamente como reduzir impostos sobre confecções. As negociações seguem sob sigilo, uma vez que nem a Abit, nem o Ministério do Desenvolvimento informaram o teor do eventual regime tributário diferenciado.

Desempenho. Para convencer o governo sobre a importância da medida, o presidente da Abit apresentou o desempenho do setor no ano passado. Apesar de um crescimento de 4,5% nas vendas de roupas e confecções no varejo, houve uma queda na produção nacional da ordem de 10,3%. Ao mesmo tempo, a importação desses produtos subiu 4%, sugerindo que o aumento do consumo foi praticamente todo absorvido por roupas produzidas fora do País. Esse cenário não impediu, segundo Diniz Filho, que a indústria investisse US$ 2,2 bilhões, em 2012.

"O setor têxtil não é contra a importação, mas quer competir com alguma igualdade", afirmou o executivo ao final do encontro com Pimentel. "O setor sofre de tributação excessiva, e se não fizermos alguma coisa forte para as confecções, teremos uma situação muito difícil." De acordo com o presidente da Abit, houve alguma melhora nas vendas de janeiro e ele espera que o faturamento mostre reação ao longo de 2013.

Mas uma ação "rápida" do governo seria necessária para evitar novas quedas de produção neste ano, de acordo com Diniz Filho. Além de um regime especial de impostos para roupas e confecções, o setor têxtil também pede a adoção de salvaguardas, que ainda estão sob estudo da equipe técnica do Ministério do Desenvolvimento.



Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Preço da gasolina varia 48%, e o do álcool, até 78% em postos de SP

O preço dos combustíveis chega a variar até 78% entre diferentes postos da cidade de São Pau...

Veja mais
L’Oréal investirá R$ 200 milhões no país até 2014

Marca francesa prepara abertura de centro de pesquisa e inovação no país Há mais de 50 a...

Veja mais
Estado planeja mudanças para proteger produtos gaúchos

Em vigor desde o início do ano, a Resolução 13, do Senado, fará com que o governo do Rio Gra...

Veja mais
Forno de Minas prevê faturar R$ 245 mi

A Forno de Minas comercializa cinco tipos de congelados além do carro-chefe, o pão de queijoEntre as metas...

Veja mais
Vendas de supermercados sobem 4,96% em Minas

Número superou estimativas iniciais da Amis, que eram de crescimento de 4% no ano.Os supermercados de Belo Horizo...

Veja mais
Concorrência derruba faturamento médio de shoppings

Inauguração de novos centros de compras faz volume médio de venda por shopping cair pela primeira v...

Veja mais
Item de Carnaval tem até 81% de imposto

A uma semana do início do Carnaval, os foliões já estão a postos para descansar, se divertir...

Veja mais
Empresários do setor têxtil pedem regime diferenciado ao governo

Representantes do setor têxtil estiveram nesta quinta-feira (31) com o ministro do Desenvolvimento, Indústr...

Veja mais
Mudança na Lei da Entrega preocupa setor, que analisa aumento dos custos

A alteração da Lei da Entrega, que passa a estabelecer data e horário para o cliente receber as mer...

Veja mais