Principal insumo, arroz sofre com oferta e vem perdendo área

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Representantes da rizicultura gaúcha vêm orientando os produtores de arroz a diversificar sua lavoura e não investir em expansão de área plantada, em função dos baixos preços do cereal - derrubados por uma oferta superior à demanda.

Nesta safra de 2012/2013, o incentivo à redução de área já deve ter resultado: há 1,03 mil hectares de arroz plantados no Rio Grande do Sul, ante 1,06 mil na temporada anterior, de acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz).

A oferta é estimada em 11,6 milhões de toneladas, tendo sido de 13,6 milhões no ano passado, perante uma demanda estável, com algo entre 12,1 e 12,4 milhões de toneladas. "Onde há produção equilibrada, o mercado remunera melhor", comenta Rocha, que prevê uma ocupação de 300 mil hectares da soja sobre o arroz neste ano.

Na semana passada, a Federarroz obteve uma vitória ao ter o governo derrubado os leilões do arroz. Como argumento, a entidade utilizou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para provar que, em 2000, um salário mínimo era capaz de comprar 167 quilos de arroz, enquanto no ano passado a mesma base de comparação equivalia a 311 quilos. "O poder de compra aumentou, mas o arroz continua sendo um produto muito barato", observa Rocha.

Nova demanda

Com planos para demandar 1,5 milhão de toneladas de cereais por ano a partir de 2020, a Vinema Biorefinarias do Sul - indústria de etanol à base de amido que está em fase de implantação no Rio Grande do Sul - recebeu apoio do segmento rizicultor gaúcho.

"[A viabilidade do negócio] é resultado de um trabalho que fizemos, intermediando o processo de negociação junto ao governo. Vamos equacionar um problema recorrente do arroz, que é a perda de preço por falta de demanda", declarou Rocha, da Federarroz, considerando-a "parte ativa no processo".

O representante conta que a federação assumiu a função de provar a viabilidade técnica e econômica do projeto do empresário Vilson Neumann ao governo estadual, que liberou R$ 720 milhões, ainda ampliáveis, à execução da iniciativa.

"Foi uma longa jornada até a assinatura daquele protocolo de intenções [na última semana]", acrescentou.


Veículo: DCI


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