Granado tem planos para novas lojas e finaliza fábrica

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Fabricante de produtos para higiene pessoal gostou de atuar no varejo e planeja mais unidades para este ano



Ela tem nome de princesa, vive cercada de tradição e também tem o seu próprio império. Não são poucas as semelhanças entre Sissi Freeman, diretora do grupo Granado, e a imperatriz Sissi da Áustria (1837-1898). Porém, a Sissi dos dias de hoje tem desafios maiores para dar conta. Filha do inglês Christopher Freeman, que comprou a Granado em 1993, ela é a única da família, além do pai de 66 anos, interessada nos negócios. Os dois irmãos não quiseram se envolver com as linhas de polvilho antisséptico e sabonete da empresa criada em 1870.


Mesmo assim, Sissi assegura que a família não tem a intenção de procurar um sócio ou se desfazer da empresa. E trabalha para dar conta das metas estabelecidas. Uma delas gira em torno da abertura de mais lojas da Phebo, marca de 82 anos comprada pelo grupo em 2004. A primeira unidade foi inaugurada em dezembro de 2012 no Village Mall, no Rio de Janeiro, e outras duas devem abrir as portas neste ano. "São Paulo pode ser um dos destinos", diz Sissi. Na ocasião, a empresa também ampliou o portfólio. Além dos tradicionais sabonetes em barra e talcos, a empresa passou a comercializar 150 itens de maquiagem como sombra, blush e base para o rosto. "Ainda temos espaço para crescer com mais lançamentos neste segmento", diz Sissi.


O grupo também possui lojas com a bandeira Granado. Ao todo são 16 unidades em operação e há planos de inaugurar mais cinco até o final de 2013. "Vamos chegar à região Norte do país com a abertura de uma loja em Belém", afirma. E a expansão não se limitará apenas ao Brasil. O grupo vai abrir um espaço de 40 metros quadrados na loja francesa de departamentos Le Bon Marché em abril deste ano. Será o primeiro ponto de venda fora do país.


Fabricação


Para suportar o crescimento, a companhia retomou a construção de sua fábrica em Japeri, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde também possui um centro de distribuição. As obras da unidade fabril foram paralisadas quando o grupo comprou a Phebo. Retomada em meados do ano passado, a expectativa é que ela comece a produzir a partir do início do ano que vem. Parte da produção - como sabonete líquido e polvilho antisséptico-concentrada na fábrica do bairro da Lapa, também no Rio de Janeiro, seja transferida para a nova planta. "Na Lapa temos alguns problemas relacionados a transportes, já que trata-se da região central do Rio de Janeiro", afirma. O grupo conta ainda com uma fábrica de sabonete em barra em Belém (PA).


Crescimento


Em 2012, a empresa faturou R$ 240 milhões e a meta é perseguir um aumento de 20% este ano. Mais lançamentos devem acontecer este ano. Na Granado a linha mais nova é a de esmaltes. Sissi diz ter se surpreendido com a venda de 36 mil unidades em um só mês. A companhia foi fundada em 1870, pelo português José Antônio Granado. Tratava-se de uma farmácia que manipulava produtos com extratos vegetais de plantas e ervas. Em 1880 recebeu o título de Dom Pedro II de farmácia oficial da família real brasileira. Christopher Freeman era consultor na década de 1990 quando foi contratado pelos herdeiros da empresa para arrumar um comprador para ela. No final das contas ele mesmo arrematou a companhia.




Veículo: Brasil Econômico

 

 


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