Calçadista só quer se recuperar

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Um dos setores industriais mais afetados pela concorrência dos produtos estrangeiros nos últimos anos, o setor calçadista aguarda, para o segundo semestre, apenas a recuperação de suas perdas, sem perspectivas de investimentos.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados no Estado de Minas Gerais (Sindicalçados), Jânio Gomes Lemos, a partir desse semestre medidas como a redução da taxa de juros e aumento dos prazos para financiamento podem repercutir no mercado calçadista, que deve se beneficiar também da iniciativa do governo federal, anunciada há pouco mais de uma semana, de preferência de compra de até 20% para produtos nacionais de alguns setores, como o calçadista.

A medida, que integra o Plano Brasil Maior, prevê a preferência de compra aos produtos nacionais, ainda que custem 20% a mais do que os importados. Trata-se de um recurso para estimular as vendas de setores muito afetados pela concorrência dos produtos asiáticos, sobretudo os de confecções, calçados e artefatos. A ação foi adotada pela primeira vez em outubro passado, mas com margens bem menores, de 8%. " uma medida muito boa para o setor, pois a concorrência que enfrentamos no país é desleal. Os produtos importados chegam com subpreço, enquanto os nossos sofrem de sobrepreço", critica.

Para se chegar à necessária competitividade, argumenta Lemos, o setor calçadista precisaria de ações mais efetivas, como, por exemplo, a redução da carga tributária.

Pois, segundo ele, medidas como a desoneração da folha de pagamento, por exemplo, não é propriamente um incentivo, mas, sim, uma "permuta" com a iniciativa privada.Ainda que medidas estruturais ainda não tenham sido adotadas, especialmente a redução da carga tributária, Lemos aguarda com otimismo o comportamento do consumidor nesse segundo semestre. "De todo modo, as medidas injetam recursos na economia e isso acaba repercutindo positivamente em todos os setores", acredita. A apreensão é justificada.

Segundo ele, nos primeiros quatro meses de 2012, o setor apresentou uma retração da ordem de 5,69% no faturamento e queda de 7,55% em horas trabalhadas, em relação ao mesmo período de 2011.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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