Novo CEO da varejista diz que uma das prioridades é a redução da dívida
O presidente-executivo do Carrefour, George Plassat, disse ontem que precisa de pelo menos três anos para recuperar o maior grupo varejista da Europa em meio à deterioração do ambiente econômico.
Plassat afirmou que suas prioridades são redução de dívida, avaliação de saída de certos mercados e redução de custos enquanto restaura poder para gerentes locais do grupo.“Não tenham ilusões, haverá ventos contrários... Não posso me comprometer com promessas de curto prazo”, disse Plassat durante reunião anual com acionistas. "Levará três anos para o relançamento. É preciso três anos para se conseguir algo sólido”, acrescentou.
Plassat ingressou em abril no Carrefour, segundo maior varejista do mundo, com meta de reverter anos de performance abaixo da esperada nos mercados europeus. Ele substituiu Lars Olofsson que, depois de três anos à frente da varejista, não conseguiu reverter as vendas em queda.
Diagnóstico
“A principal origem das dificuldades do Carrefour é o ritmo de seu desenvolvimento”, disse Plassat. “Por 15 anos o grupo tem perseguido o dinheiro necessário para seu desenvolvimento. Precisamos restaurar a capacidade financeira do grupo para desenvolvê-lo.”
Plassat teve uma semana agitada antes da reunião com os acionistas, anunciando que o
Carrefour está saindo da Grécia, onde as vendas têm caído por causa da crise da dívida, e compra da rede argentina de supermercados EKI.
Na reunião, Plassat afirmou que o Carrefour não tem planos de deixar o Brasil e afirmou que considera o país uma plataforma para a expansão do grupo na América Latina.
Veículo: Brasil Econômico