Cotação do açaí atinge recorde histórico no Pará, aponta Dieese

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Alta se reflete no preço da polpa, vendida para outros Estados

 

O preço do açaí vendido em Belém atingiu alta histórica no mês de maio, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

 

O aumento tem se refletido no preço da polpa, produzida no Pará e exportada para o resto do Brasil.

 

O açaí médio, tipo mais consumido no Pará, registrou aumento de 25% de janeiro a maio. O valor médio do litro do fruto está em R$ 12,80.

 

Segundo o Dieese, que acompanha o preço do açaí desde a década de 1990, os motivos da alta são o período de entressafra (a safra é de julho a dezembro) e o crescimento da demanda no país.

 

"Há 20 anos, o açaí era consumido só no Pará. Em meados da década de 2000 começou a se popularizar como energético e entrou na pauta de exportações. A demanda cresceu e o preço subiu", afirmou Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese.

 

De acordo com o órgão, o litro do açaí em Belém registrou inflação de 750% desde o início do real, em 1994, enquanto a inflação acumulada no período ficou em torno de 315% (pelo INPC).

 

O comerciante Marco Ferreira, 36, que vende o fruto em Belém, diz que o consumo agora é menos frequente.
"O paraense tomava açaí três vezes ao dia, hoje é só uma vez por dia ou semana."

 

Empresas que compram o fruto no Pará para produzir a polpa vendida no resto do país também sofrem o efeito da inflação.

 

A Açaí Frooty, por exemplo, estima em 13% o aumento do preço da polpa em maio.De acordo com a Amazon Polpas, a produção atual é insuficiente.

 

No Pará, são produzidas em torno de 700 mil toneladas de açaí por ano, segundo o governo do Estado, cerca de 85% da produção brasileira.

 

O Ministério da Agricultura afirma que 70% do açaí do Pará é consumido no próprio Estado, 20% vai para o resto do país e 10% para o exterior.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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