Avança operação para vender Tok&Stok

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As negociações para a venda da varejista de móveis e decoração Tok&Stok avançaram no último mês, mas a palavra final ainda não foi dada pela família Dubrule, controladora do negócio. As propostas já foram apresentadas - restam pelo menos dois fundos de private equity na disputa - e as conversas podem evoluir se os interesses diversos dos dois controladores, Regis Dubrule e Ghislaine Dubrule, forem atendidos. O processo de venda da rede foi antecipado com exclusividade pelo Valor em outubro.

O casal de empresários Regis e Ghislaine aceita se desfazer do controle da operação, desde que permaneça no negócio como acionista minoritário, apurou o Valor com fontes ligadas à empresa. Uma das hipóteses em discussão com o banco BTG Pactual, representante da família na operação, é a venda de 70% a 80% da rede de varejo. A família ficaria com a participação restante.

Pela companhia, o casal não aceita menos de R$ 1 bilhão - soma que, a princípio, foi considerada alta pelos investidores envolvidos na negociação. Neste ano, a companhia com 35 lojas no país deve faturar cerca de R$ 900 milhões - foram R$ 750 milhões em 2011, apurou o Valor.

Já está acertado que, caso as conversas evoluam, Regis e Ghislaine não irão ficar à frente da gestão da rede varejista. O casal não quer permanecer na empresa, assim como o filho, Paul Dubrule. Conforme antecipado pelo Valor em janeiro, Regis e Paul são favoráveis, desde o início do processo, à venda da rede, mas Ghislaine, gestora respeitada pelo mercado e apaixonada pelo negócio, se manteve resistente à ideia. Nos últimos tempos surgiram informações de que ela já aceitaria ficar como acionista minoritária, para manter uma ligação com a empresa. Já o marido Regis pensa em deixar o negócio, deixar o país e voltar à França, sua terra natal.

Oito fundos de private equity foram procurados pelo BTG Pactual há cerca de dez meses para que avaliassem a hipótese de aquisição do negócio, segundo fonte próxima à companhia. É uma das negociações mais longas na história recente do varejo nacional e na avaliação de um investidor, tem sido um processo "desgastante", basicamente por conta das divergências que existiam entre os acionistas.

Entre os fundos de investimento sondados pelo BTG estão Advent International, Warburg Pincus, Carlyle Group, Gávea Investimentos, GP Investimentos e Vinci Partners. Há informações de que pelo menos dois fundos apresentaram propostas finais - Carlyle e GP Investimentos. Mas informações recentes que circulam no mercado apontam para a desistência da GP Investimentos. O Valor apurou que a Advent não está mais interessada no negócio.

A companhia é considerada um negócio com alto potencial de crescimento e opera no azul, com margem operacional alta e lucro líquido em 2011, de acordo com investidores que avaliaram os números do ano passado. Com mais que o dobro das lojas da concorrente Etna (35 contra 15), a Tok&Stok abriu cinco pontos em 2011. Neste ano, entretanto, não fez inaugurações até o momento.

Procurados, os fundos de investimento, o BTG e a Tok&Stok não se manifestaram sobre questões envolvendo a negociação da rede.



Veículo: Valor Econômico


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