Nestlé terá nova unidade a cada 3% de expansão no País

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A Nestlé Brasil deve investir R$ 1 bilhão por ano para duplicar o tamanho da companhia nos próximos cinco anos. "Uma fábrica nova a cada 3% de crescimento. Desta forma podemos crescer dois dígitos enquanto o PIB cresce 5%", declarou o presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, durante entrevista após sua palestra sobre sustentabilidade aos empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) realizada ontem, em São Paulo.

 

"Encaramos a crise de frente e crescemos 11,2% no ano passado para R$ 16,4 bilhões em faturamento em mais de 350 mil pontos de venda em todo o País. Foi o melhor resultado da companhia nos últimos anos e com isso passamos a França e a Alemanha, e estamos na vice-liderança, atrás somente dos Estados Unidos, e isso é muito importante, ganhamos importância no cenário internacional, saímos muito mais fortalecidos com a crise", informou Zurita. "A ideia da Leites Nestlé nasceu num Fórum de Comandatuba [BA] e portanto valorizamos novas parcerias entre empresas como o Projeto Confiança e não descartamos aquisições", sustentou o executivo, sem citar os novos alvos de interesse.

 

O presidente falou sobre a localização das novas plantas. "A escolha dos estados onde estarão as novas fábricas está associada a logística e a proximidade com a matéria-prima, por isso anunciamos recentemente investimentos em Minas Gerais e agora em Goiás, mas outras regiões também estão recebendo investimentos", explicou e completou dando exemplos: "estamos investindo R$ 100 milhões na unidade de refrigerados lácteos de Garanhuns [PE]; vamos expandir a capacidade de produção de Leite Ninho e chocolate em pó da unidade de Itabuna [BA]; construímos uma fábrica nova em Araraquara [SP] em apenas sete meses que produz a linha de leites condensados e UHT Ninho e Molico; completamos a aquisição de Carazinho [RS] processadora de leite; isso sem falar na fábrica nova de Araçatuba [SP] que produz NAN, Nestogeno, Mucilon e creme de leite, ou seja a cada 3% de crescimento nos motiva a criação de uma fábrica nova, afinal já processamos 15 milhões de toneladas de matéria-prima da agroindústria", argumentou Zurita. A Nestlé também informou por meio de sua assessoria de imprensa que a companhia arrendou parte da fábrica da Bom Gosto, na cidade de Garanhus (PE) no fim do ano passado.

 

O presidente da Nestlé considerou que outros segmentos também merecem atenção. "Além de lácteos, vamos dobrar nossa capacidade de produção no setor de bebidas, a linha Sollys elaborada a base de soja está indo muito bem, e investimos R$ 60 milhões na fábrica da Chocolates Garoto em Vila Velha [ES] e já estamos exportando bombons Garoto para a África e a China", detalhou Zurita.

 

De acordo com o executivo, boa parte do crescimento está associado a mobilidade ascendente das classes sociais. "Há um consumo ascendente das classes, de E para D, e de D para C, 82% do consumo está nessas classes que melhoraram de qualidade de vida", explicou e falou da estratégia para conquistar esse consumidor. "O mix de produtos é o mesmo, só mudamos as porções que estão diferentes para formar um preço acessível e implantamos um porta a porta com oito mil vendedoras, essa operação já representa R$ 1 bilhão em faturamento e proporciona, em média, um rendimento de R$ 1 mil para cada trabalhadora", informou Zurita.

 

Segundo ele, a companhia também assegurou a expansão nas classes A e B. "Temos de atuar rapidamente e trabalhar com produtos em todas as classes sociais, portanto, em nossa outra frente de comercialização, estamos expandindo a rede de lojas Nespresso e Dolce Gusto."

 

Com relação aos resultados das vendas de Páscoa, Zurita comentou: "a Páscoa foi um sucesso, o crescimento será entre 5% e 10%, mas deve ficar em 7%, é que ainda não sabemos se os varejistas vão devolver alguma mercadoria". Sobre os desafios para o futuro falou sobre educação. "O foco de investimento está dado na formação de pessoas e na formação profissional", concluiu.

 

A Nestlé Brasil deve investir R$ 1 bilhão por ano para duplicar o tamanho da companhia nos próximos cinco anos. "Uma fábrica nova a cada 3% de crescimento. Desta forma podemos crescer dois dígitos enquanto o PIB cresce 5%", disse ontem o presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita. "Encaramos a crise de frente e crescemos 11,2% no ano passado, para R$ 16,4 bilhões em faturamento em mais de 350 mil pontos-de-venda em todo o País." Segundo Zurita, este foi o melhor resultado da companhia nos últimos anos e, com isso, o Brasil ultrapassa a França e a Alemanha e se torna o segundo mercado mais importante da companhia no mundo. "Estamos atrás somente dos EUA: ganhamos importância no cenário internacional, saímos mais fortalecidos com a crise."

 

Veículo: DCI


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