Cliente corporativo ajuda Karsten a reforçar o caixa

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Fabricante catarinense de artigos de cama, mesa e banho amplia diversificação com linha para empresas e maior valor agregado

 

Duas ações estratégicas estão no foco da fabricante de artigos de cama, mesa e banho Karsten para garantir a continuidade do crescimento: conquistar o mercado corporativo, composto por hotéis, restaurantes e hospitais, e oferecer ao consumidor produtos mais sofisticados e, consequentemente, de maior valor agregado. A marca de Santa Catarina lançou este ano a linha institucional, que segundo o presidente da empresa Alvin Rauh Neto, atende a um mercado em expansão não “só pela Copa do Mundo ou Olimpíadas, mas porque o país está crescendo, e junto com ele o turismo”.

 

Além disso, o investimento tem o objetivo de fortalecer a empresa no mercado interno, já que as vendas externas chegaram a responder por 50% do faturamento da Karsten e atualmente essa representatividade é de apenas 7%. “Desde 2005, as vendas para o exterior vemcaindo, e começamos a focarmais nomercado interno”, afirma Rauh. Foi comessa intenção que nasceu no mesmo ano a Casa In, segunda marca da empresa que oferece produtos para as classes C e D. Em apenas seis anos, a linha já representa 30% de todo o faturamento, que em 2009 atingiu R$ 386 milhões, com uma produção total de 16,7mil toneladas.

 

Com crescimento acelerado no país, as classes de renda mais baixa são fundamentais para a empresa, mas não as principais. “Vamos focar forte nas classesAe B, já estamos há alguns anos investindo em lençóis diferenciados, acreditamos que esse nicho demercado émuito importante”.

 

Aquisições

 

Esse interesse fez surgir no mercado especulações sobre a possível compra da Trussardi, marca de cama, mesa e banho paulistana concentrada nesse público. Entretanto, Rauh desconversa. “Estamos sempre de olho no mercado, mas prefiro não comentar sobre esse assunto”, afirmou o executivo ao ser questionado. Deve ser moderada a mudança de estratégia entre o mercado interno e externo, segundo Fernando Pimentel, diretor-superintendente daAssociação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção(Abit). “O Brasil é muito forte em exportação no segmento de cama, mesa e banho, e não deve deixar esse mercado de lado, a maior fabricante mundial do setor é brasileira, e o mercado externo representa seis bilhões de consumidores”.

 

Apesar disso, Rauh afirma que a queda na exportação aconteceu pela pouca atratividade dos preços brasileiros no exterior. Quase 90% das vendas externas feitas pela Karsten eram terceirização para empresas estrangeiras. “Nós produzíamos e eles colocavam a sua própria marca, depois que o real se valorizou, ficou mais atraente fabricar nos países asiáticos, e perdemos grande parte dos contratos”, afirma Rauh. A empresa hoje atua demaneira diferente, não exporta apenas sua produção,mas tambémsuamarca. “Queremos valorizá-la no exterior para ganhar força no mercado externo”.

 

Animado pelos resultados de 2009, quando saiu do prejuízo de R$ 43,7 mil para lucro de R$ 8,5 mil, Rauh é otimista, mas cauteloso. “Não estamos pensando em novos parques fabris nem em grandes investimentos para aumentar a produção, em 2009 não operamos as fábricas com nossa capacidade máxima, e esperamos fazer isso em2010”.

 

Além das toalhas e lençóis, a Karsten aposta em novos tecidosde decoração, uma linha que foi criada há 20 anos. “Ultimamente esse setor tem crescido muito, e nele queremos investirmais em 2010.”

 

Veículo: Brasil Econômico


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