Importações e exportações seguem em queda

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Ainda que a região de Campinas tenha reduzido déficit comercial em relação a julho, a tendência continua sendo de retração, bastante significativa, ainda mais por não se basear em commodities

 
Campinas - Os municípios atendidos na área de abrangência do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas apresentaram saldo comercial deficitário da ordem de US$ 530 milhões em julho.
 
Isso significou uma redução de 26,1% do déficit comercial em relação a julho de 2015, quando o déficit registrado foi de US$ 710 milhões.
 
As exportações no mês de julho de 2016 tiveram uma redução de 17,5% em comparação com o mesmo período de 2015. Em julho de 2015 o volume exportado foi de US$ 290 milhões e neste ano passou para US$ 240 milhões. Já o valor importado na mesma base de comparação caiu 23,7%. Em julho de 2015 o volume importado foi de US$ 1,01 bilhão, já em julho deste ano US$ 770 milhões. A corrente de comércio da região registrou queda de 22,3% em julho de 2016 quando comparada com julho de 2015. Em julho a área de atuação do Ciesp Campinas aumentou a sua representatividade no déficit comercial do Estado de São Paulo para 119,6% em relação a julho de 2015, quando a representatividade era de 55,3%.
 
O diretor de comércio exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, disse que para 2016 a tendência continua sendo de queda. "Em julho nós mantivemos a nossa tendência de queda, ou seja, acumulamos já US$ 530 milhões negativos na corrente de comércio que acumulou já uma queda anual de quase US$ 2,9 bilhões. Isso num total de 30,1% na queda da corrente de comércio. É bastante significativo porque na nossa região não tem commodities, então nós temos produtos industrializados de alto valor agregado. Acreditamos que vai permanecer a tendência e ela reflete exatamente aquilo que vem acontecendo quando você começa a analisar os investimentos que os principais setores que a gente tem a queda das importações, por exemplo, a importação de máquinas e equipamentos que vem refletir que há falta de investimento nas indústrias da região", diz.
 
Anselmo Riso destacou ainda que apesar das exportações apresentarem queda esta continua sendo a melhor alternativa de negócio. "A alternativa ainda é a exportação como a gente tem procurado orientar os nossos associados. Nesse momento a gente tem que procurar melhorar a nossa competitividade e procurar fazer com que o mercado externo crie credibilidade. Nós acreditamos que isso venha a ocorrer nos próximos dias após nós tivermos a definição política do país. Ainda acreditamos e temos trabalhado num desenvolvimento para melhorar as exportações. Eu posso até adiantar que nós estamos trabalhando e estamos apoiando um projeto da própria Receita Federal que é para poder desmistificar as exportações para as pequenas e médias empresas e isso é um trabalho de médio prazo e não é de curto prazo cujo reflexo a gente espera que se dê no primeiro trimestre de 2017", revela Anselmo Riso.
 
Fonte: DCI


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