Vendas no varejo recuam 7,2%, aponta IDV

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São Paulo - As vendas do varejo recuaram 7,2% em termos reais em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). A entidade, que reúne grandes redes de varejo do Brasil, considerou que o desempenho tem sido impactado pelo cenário macroeconômico, sobretudo a inflação, mas avaliou que as expectativas pela frente são mais positivas.
 
Pesquisa feita com as redes de varejo sobre suas expectativas futuras indicou que, apesar de se projetar a continuidade dos resultados negativos nos próximos três meses, o decréscimo esperado é menor, sinalizando mudança de cenário. O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do IDV) aponta para expectativa de queda real de 4,8% em agosto, 0,5% em setembro e 2,0% em outubro.
 
O setor de bens duráveis teve o pior resultado em julho, com queda real de 8,9%. A projeção dos associados para os próximos meses é de queda de 3,4% em agosto, 3,7% em setembro e 3,3% em outubro.
 
Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou queda real de 5,1% em julho, na comparação anual. A expectativa para os próximos meses é de resultados positivos: 1,4% em agosto, 2,5% em setembro e 1,3% em outubro.
 
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, apresentou queda de 7,1% nas vendas realizadas em julho e sinaliza nova queda em agosto, de 7,2%, recuperação em setembro de 1% e novamente decrescimento de 2,6% em outubro.
 
ACSP - Já o volume de vendas do varejo ampliado no estado de São Paulo recuou 10,5% em junho ante o mesmo mês do ano passado, uma retração menor à registrada em maio, quando o setor teve queda de 12,9% na comparação interanual. Os resultados foram divulgados ontem pela pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em 2016, o resultado só não foi melhor que o observado em fevereiro, quando a queda foi de 8,1%.
 
A desaceleração da redução nas vendas do varejo paulista podem mostrar um começo de melhora no setor, segundo a instituição. “Os dados do primeiro semestre do ano continuam a refletir a aguda crise que atinge o varejo paulista, relativamente mais intensa do que no resto do Brasil, devido ao enfraquecimento da indústria”, afirma em nota Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
 
“Contudo, o arrefecimento das quedas dos volumes vendidos pode indicar que começa a ter início modesta recuperação, porém ainda no campo ainda negativo”, acrescenta. Os resultados no campo negativo, segundo Burti, ainda afetam todas as regiões paulistas e setores, inclusive aqueles essenciais para o consumo, como supermercados e farmácias.
No varejo restrito, que exclui automóveis e material de construção, as vendas tiveram uma reação maior. A queda passou de 14% em maio para baixa de 10,4% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
 
A pesquisa também mostrou que no primeiro semestre de 2016 as vendas nos varejos ampliado e restrito acumulam quedas de 6,4% e de 6,8%, respectivamente, sobre igual período de 2015. Já na variação de 12 meses terminados em junho de 2016 as reduções foram de 6,5% no ampliado e de 5,8% no restrito.
 
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas  


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