MRS opta por dormentes de plástico reciclado

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Testes foram bem satisfatórios.

Como forma de otimizar os gastos na manutenção e conservação de sua malha, a MRS Logística, com sede operacional em Juiz de Fora, na Zona da Mata, está apostando na utilização de dormentes de plástico reciclado. Apesar de ainda ser um processo em desenvolvimento, o volume utilizado tem sido crescente a cada ano e a expectativa é de que ao final de 2013 já tenha ultrapassado a casa das 134 mil unidades. O valor do investimento não foi revelado.

Ao considerar a quantidade total de dormentes utilizados na malha da empresa, que somam 4 milhões, o número é irrisório. No entanto, avaliando que o modelo passou a ser objeto de estudo da MRS há menos de dez anos, a importância e a participação deste produto pioneiro no mercado nacional, passa a ser maior. Esta é a avaliação do gerente de Compras, Malhas e Infraestrutura da MRS, Leandro Magacho.

"Estamos desenvolvendo esse trabalho desde 2007, em parceria com institutos de engenharia do país e da própria empresa. O produto foi homologado nos últimos anos e a cada exercício vem ampliando a participação na matriz de infraestrutura da ferrovia", explica.

Para se ter uma ideia, no primeiro ano de implantação, em 2009, foi contabilizada a compra de 5.702 dormentes do tipo; em 2010, este número passou para 9.528; em 2011 para 29.531; 2012 para 39.971; e neste exercício, a expectativa é que totalize cerca de 50 mil unidades. "Tudo indica que esse número continuará a crescer no ano que vem", diz Magacho.

As mais de 134 mil unidades já utilizadas pela companhia representam aproximadamente 50 quilômetros de ferrovia e a preservação de 16 mil árvores adultas, além de dar um fim econômico ao plástico que seria descartado como lixo comum.

"A opção por este tipo de material em detrimento, por exemplo, do concreto, se dá em virtude de alguns fatores, que resultam na maior proximidade com as propriedades da madeira. O próprio peso do material é um deles, pois permite o fácil manuseio, aplicação e transporte", ressalta.


Potencial
- Além disso, segundo informações da MRS, em comparação aos dormentes de eucalipto tradicionalmente usados, os de plástico reciclado têm apresentado maior durabilidade. Embora a vida útil de um dormente dependa essencialmente das condições do trecho em questão, os dormentes poliméricos - como são chamados - têm grande potencial de retorno financeiro a longo prazo. Assim, são esperados ganhos com a confiabilidade da malha e menor necessidade de manutenção.

Os instrumentos são feitos a partir de plástico reciclado por cooperativas de catadores de lixo. A aplicação teve início em trechos com maior incidência de volume transportados como a Ferrovia do Aço, em Minas, e em trechos da Serra do Mar, onde há curvas de raio apertado e rampas, nas quais as composições exigem o auxílio de trens na cauda. Após dois anos de aperfeiçoamento, os dormentes entraram em produção. Já quanto aos investimentos aplicados no desenvolvimento da tecnologia, o gerente explicou que faz parte da estratégia da empresa não revelar.



veículo: Diário do Comércio - MG


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