Forno de Minas faz parceria com Itambé

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A indústria de alimentos congelados Forno de Minas, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), firmou parceria com a Itambé Alimentos S/A. A empresa vai fornecer os queijos da marca. A diretora de Recursos Humanos (RH) da Forno de Minas, Helida Mendonça, não quis informar detalhes sobre o negócio, mas disse que os produtos deverão estar disponíveis no mercado nos próximos dias.

O segmento de queijos movimenta cerca de R$ 12 bilhões ao ano no país e, fontes ligadas à Itambé informaram que esse mercado deve crescer cerca de 40% nos próximos cinco anos. A nova linha estará disponível nos supermercados em quatro versões de 400 gramas: muçarela lanche, prato lanche, prato cobocó e minas padrão.

Helida, que junto com o irmão (Helder Mendonça) e a mãe (Dalva Mendonça), fundou a principal fabricante de pães de queijo congelados do país, em 1990, disse que a empresa prevê um crescimento da receita bruta de cerca de 40% neste ano. Com isso, o faturamento deve bater a casa dos R$ 200 milhões.

A expansão dos negócios, de acordo com a empresária, é fruto do plano de investimentos, da ordem de R$ 20 milhões, concretizado no ano passado - que possibilitou um incremento de vendas dos produtos lançados nos últimos anos, como o waffle, a retomada de mercado do pão de queijo e o lançamento da linha de massas - além do crescimento da participação da empresa no mercado de food service.

"Neste ano estamos colhendo os frutos dos investimentos. Além disso, acredito que tem muito mercado para o nosso segmento, principalmente no setor de food service, que são os produtos direcionados para as lanchonetes. Mesmo assim estamos surpresos com um desempenho tão bom", destacou a empresária, durante participação no 2º Seminário Mineiro de Governança Corporativa, evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), pelo Instituto Mineiro de Mercado de Capitais (IMMC) e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Empresa familiar - Em sua palestra, Helida contou a história de sucesso da empresa familiar, fundada em 1990. Segundo ela, a trajetória da Forno de Minas não foi fácil e destacou o principal desafio, que foi a recompra da marca em 2009 - em 1999 a empresa foi vendida para a multinacional Pillburry, que em seguida foi comprada pela General Mills, gigante do ramo alimentício.

No ano seguinte, em 2010, a Forno de Minas vendeu 30% de seu capital o Fundo de Private Equity Mercatto Alimentos. Com isso, a empresa se transformou em sociedade anônima (S/A) de capital fechado. Em 2013, a Bozano Investimentos comprou a Mercatto e se tornou sócia dos mineiros.

"Quando decidimos que iríamos comprar de volta a Forno de Minas sabíamos que seria um recomeço. O mercado de pão de queijo tinha encolhido e precisávamos retomar a confiança do consumidor no produto, já que a General Mills tinha mudado a fórmula original da receita. E a entrada do fundo nos permitiu investir para crescer", afirmou.

A Forno de Minas tem cerca de 760 funcionários que trabalham em três turnos, na planta de Contagem, que trabalha 24 horas por dia. A capacidade de produção da empresa é hoje de 3020 toneladas por mês, sendo que quase 90% são de pão de queijo. "A evolução do nosso market share foi impressionante desde a retomada da Forno de Minas. Em 2010, tínhamos cerca de 30,8% do mercado, hoje, temos 48%", disse a empresária.


Exportações - Além disso, a Forno de Minas pretende ampliar em pelo menos 50% suas exportações neste ano. "Nosso objetivo é globalizar o pão de queijo", ressaltou Hélida.

No ano passado, a empresa exportou 7% de sua produção de pão de queijo. Neste exercício, a expectativa é ultrapassar 10% e, até 2016, a meta de exportar 25% da produção para vários países. Atualmente, a empresa vende pão de queijo para os Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile e Uruguai. Segundo Helida, países do Oriente Médio e da Ásia estão nos planos da empresa.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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