São Paulo - A desaceleração da economia atingiu mais as varejista do ramo de vestuário, tecido e calçados . Segundo balanço da FecomercioSP, no estado, houve queda de 8% no número de pessoas empregadas de janeiro a julho, na comparação anual e, só na capital, 6,9 mil postos foram fechados.
Na segunda colocação entre os piores resultados ficaram concessionárias de veículos, que eliminou 1,2 mil empregos, com demissões em quase todas as regiões paulista, explicou ontem a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). "O varejo de Vestuários, tecido e calçados é uma das principais atividades a sentir a redução da demanda das famílias, que devido à crise financeira, estão consumindo menos e concentrando seus gastos em bens essenciais, como alimentação e medicamentos", disse a Fecomercio.
O único segmento do varejo que viu avanço no número de contratações foi o de farmácias e drogarias, que ampliaram em 1,6 mil postos de trabalho de janeiro a julho, em todo estado, o que representa uma alta de 1,1% na comparação anual.
Média geral
Os dado os dados do Ministério do Trabalho e a metodologia da FecomercioSP apontam que o comércio varejista paulista possuía 2,1 milhões de trabalhadores, dos quais 666 mil (31,2%) estavam localizados na capital.
Do número geral, explicou a entidade, 29,8% estavam trabalhando na atividade de Supermercados, maior empregadora do estado, seguida por Outras atividades (16,4%) e Lojas de vestuários, tecidos e calçados (13,3%).
De acordo com a Federação, de janeiro a julho deste ano, o que se viu foi a redução de estoque em 57,2 mil postos de trabalho - resultado de 617,3 mil admissões contra 674,6 mil desligamentos -, o que representa uma queda de 2,6% em relação a dezembro de 2014. Desde 2007, é a primeira vez que há fechamento de vagas no varejo paulista para o período, o que levou a entidade a acender o sinal de alerta. Apenas em julho foram eliminadas 5,1 mil vagas no varejo paulista, decorrência de 78,3 mil admissões contra 83,4 mil desligamentos.
Por cidade
Na análise da Federação sobre o desempenho de cada um dos 645 municípios paulistas no ano, os maiores saldos negativos foram observados em São Paulo (-14.155 empregos); Itapevi (-2.415 empregos); Ribeirão Preto (-1.981 empregos); as maiores gerações de vagas, por outro lado, foram observadas em Aparecida (228 empregos); Barrinha (183 empregos) e Mairinque (141 empregos).
Os municípios de menor porte sustentam a geração de vagas e, com isso, aliviam um pouco o saldo negativo do varejo estadual, influenciado pela perda de vagas no setor de cidades maiores. "Os desligamentos dos funcionários estão diretamente ligados ao desempenho de vendas do comércio varejista", afirmou a entidade em comunicado oficial.
Veículo: Jornal DCI