Setor têxtil de Pernambuco aposta em retomada

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                                         A expectativa está baseada na alta do dólar (que ontem fechou em R$ 3,60), que diminuiu a concorrência externa e estimula a exportação dos produtos.

Com uma queda na produção estimada em 15% no primeiro semestre deste ano, a indústria têxtil e de confecção de Pernambuco espera um resultado melhor para os próximos seis meses. A expectativa está baseada na alta do dólar (que ontem fechou em R$ 3,60), que diminuiu a concorrência externa e estimula a exportação dos produtos. No estado, o setor é formado por 18 mil empresas, entre formais e informais, empregando cerca de 150 mil pessoas.

“O segundo semestre é sempre melhor em vendas devido às festas de final de ano. Essa mudança do dólar com toda certeza trará melhoria para nós. Além disso, as exportações devem ser incrementadas. Temos muitas empresas que exportam e poderão aumentar esses negócios”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral e de Malharia (Sinditextil/PE), Oscar Rache. Segundo ele, o número de demissões no setor este ano já chega a mil funcionários. “Apenas a PetroquímicaSuape reduziu a produção a um terço e deligou 200 trabalhadores. É um cenário preocupante”, enfatizou.

De acordo com Rache, o cenário de turbulência econômica deve se manter no próximo ano e a inovação será a palavra chave para que o impacto no faturamento seja reduzido. “Existe uma enorme concorrência mundial. No momento em que os mercados caem, a concorrência aumenta. Os grandes produtores munidiais, como Ásia, China e Bangladesh, não têm a nossa capacidade de criação, porém possuem a capacidade de produzir a preços muito baixos. Por isso nosso caminho é o da inovação aliado à agilidade”, ressaltou.

Pernambuco não é o único estado impactado. Segundo o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a queda na produção da indústria têxtil nacional foi de 10%. Já a indústria de confecção caiu 13%. “É um ano muito complicado. Nós temos que melhorar um pouco mais a produção para que, a partir de setembro, o segmento dê uma respirada.”

Neste caso, a exportação é considerada uma saída para a instabilidade. “Agora, antes de tudo, é preciso saber se o câmbio será esse mesmo ou não.  Já o novo plano de exportação é favorável às operações. O que precisamos é acompanhar o mercado e reconstruir a confiança com o importador”, disse Pimentel.

 



Veículo: Jornal Diário de Pernambuco


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