Desaceleração incentiva compra por catálogo

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                              Mesmo sem incremento no tíquete médio este ano, volume de negócios pode ser maior em 2015, uma vez que o brasileiro usará a venda direta como forma de complementação de renda familiar



São Paulo - A fragilidade econômica vivida pelo País pode ser uma boa notícia para os empresários da venda direta. Por se tratar de um complemento de renda, companhias apostam no maior esforço e publicidade das revendedoras para elevar o comércio dos produtos.

Essa é a opinião do sócio-fundador e CEO da DirectBiz Consultants - especializada em venda direta -, Marcelo Pinheiro. "Em momentos de crise e de desemprego a vendas direta ajuda na complementação de renda", disse ao DCI.

O executivo explicou ainda que isso não significa que o consumidor gastará este ano, e sim que o canal de vendas será acessível a um número maior de brasileiros. "O tíquete médio não vai crescer, o volume é que vai por conta de novos revendedores".

Para aproveitar essa tendência, as empresas deste ramo elevaram também as campanhas publicitárias e ações em redes sociais para fisgar o consumidor. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) apontou que o volume de negócios neste nicho cresceu tímidos 0,2% em 2014 e movimentou R$ 41,66 bilhões. Em 2013 esse valor foi de R$ 41,60 bilhões. Isso significa que os principais playersAvon, Natura e outros tiveram resultado em vendas menores do que em anos anteriores. "As duas empresas podem chegar a representar 50% do mercado de venda direta no País. Com isso, seus resultados impactam todo o setor", disse o especialista.

Iniciativas

De 2013 para cá as principais marcas de venda direta se movimentaram. A mais recente foi a Avon, que com 1,5 milhão de revendedoras, está reforçando o laço com a equipe ao criar o manifesto de apoio ao 'empoderamento da mulher'. "Queremos ter consultoras de sucesso com resultados de longo prazo", diz o presidente da Avon no Brasil, David Legher.

A iniciativa, na opinião de Marcelo Pinheiro, foi uma forma de acalmar as revendedoras da marca que se preocuparam com o anúncio de que a empresa venderia direto ao consumidor pelo e-commerce. "Pode ter ocorrido uma reclamação das revendores, que sempre foram a principal canal da Avon com o consumidor", disse o especialista. Para o presidente da Avon estar atento ao novo hábito de consumo do das pessoas faz parte da estratégia de todas as empresas. "Como companhia temos que nos acostumar com os novos hábitos de consumo para ajudar a alavancar as vendas das revendedoras. As ferramentas digitais estão ai e vamos usá-las", disse Legher.

A Avon criou um canal de contato mobile para as representantes, desenvolveu outro canal on-line em que as consumidores enviam os pedidos a essas mulheres. "Hoje o momento é do digital, amanhã pode ser outra coisa", diz.

A movimentação de mercado não se resumiu a líder de vendas no Brasil. A Natura, por exemplo, passou a vender diretamente ao consumidor pela Internet no final do ano passado. A operação foi batizada de Rede Natura. A Mary Kay, no começo deste mês abriu um centro de distribuidor em Betim, Minas Gerais devido a fácil conexão com o Norte, Nordeste e Centro-Oeste.



Veículo: Jornal DCI


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