Hoje, 15% dos artigos são importados. A coleção conta com 12 mil produtos e todos os dias são lançados três novos itens com o conceito fast fashion
São Paulo - Três anos após a entrada do fundo de private equity Carlyle Group na administração da rede de móveis e decoração Tok&Stok, a empresa mantém plano de expansão, agora com novos formatos. A meta é passar das atuais 45 unidades para 60 lojas, até o final de 2018.
Em 2012, quando adquiriu 60% da empresa, que contava com cerca de 30 lojas, a intenção do Carlyle era dobrar de tamanho em cinco anos. "A meta agressiva está mantida. Apesar de hoje a economia estar difícil, a ideia continua no radar, ainda que seja até 2018", disse o vice-presidente de expansão da Tok&Stok, Paul-Edouard Dubrule, ao DCI.
A ampliação no projeto das unidades veio por conta da análise de áreas consideradas interessantes, mesmo com a concorrência com redes como a Etna e os home centers. Assim, a bandeira identificou formatos diferentes, dependendo das regiões. As lojas mais amplas são geralmente para capitais e grandes cidades. "As unidades vão de 10 mil metros quadrados a 500 m². A diferença é o potencial de consumo de cada lugar, além das oportunidades no mercado imobiliário".
Conforme o vice-presidente da rede, uma unidade com aproximadamente 1.700 metros foi aberta em Piracicaba, em agosto de 2014. Outra em maio último, em Guarulhos com 2 mil m² e dois pisos interligados por escadas e um elevador para pessoas portadoras de deficiência física. Esta última, aliás, é a 12º loja da marca no Estado de São Paulo e fica no Shopping Center Maia. A Região Nordeste é o novo alvo e a empresa inaugurou neste começo de mês a 45ª loja - a primeira em João Pessoa (PB), no Manaíra Shopping, com R$ 8 milhões.
Consumo e gestão
A respeito de o consumo estar em queda e da inadimplência subindo no comércio varejista, o executivo disse que a rede segue firme no propósito de crescer ao menos 10%. Como atraí clientes de maior renda, o movimento de caixa se mantém e a questão aspiracional ajuda. "Atendemos aos consumidores das classes B e C neste sentido. Eles se voltam a produtos com tíquetes menores e de listas de casamento."
A respeito da gestão, a chegada do fundo de private equity pouco interferiu no dia a dia da companhia. O Carlyle indicou um diretor financeiro, mas a gestão continuou nas mãos dos fundadores [Ghislaine Dubrule e Régis Dubrule] e da família. "Mas nos últimos três anos tivemos um ritmo de abertura mais agressivo. Aprimoramos a governança com comitês e o conselho".
Dubrule destacou também a área de treinamento das equipes, lembrando que ao crescer de maneira acelerada é essencial ter um programa de gestão de talentos para manter o padrão de atendimento.
"Na companhia, para assumir uma nova loja o gerente tem de ter sido treinado há pelo menos 12 meses. Todos os funcionários de uma nova loja ficam em capacitação no mínimo por 45 dias. Damos muita atenção a isso para manter o atendimento padronizado."
Veículo: Jornal DCI